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Mercados: Bolsa em baixa e dólar recua

Investidores mantêm a expectativa de manutenção da Selic. O dólar fechou em queda de 0,53%. A Bovespa encerrou os negócios em alta de 0,99%. Os juros recuaram no mercado futuro.

Por Agencia Estado
Atualização:

O clima de tranqüilidade permaneceu nos mercados durante todo o dia. Em relação aos cenário interno, a expectativa dos investidores fica por conta do resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) iniciada hoje. A decisão será divulgada amanhã e a maioria dos analistas acredita que a Selic, a taxa básica de juros da economia, deve ficar estável em 19% ao ano. Os juros estão neste patamar desde junho do ano passado. Há quem acredite que um corte de juros poderia vir na próxima reunião do Copom, em março. Os menos otimistas acreditam que a redução dos juros não virá antes da reunião de abril. De qualquer forma, acreditando na queda dos juros nas próximas reuniões, os investidores antecipam esta tendência, o que já pode ser visto no mercado interbancário. Um dos papéis com maior liquidez (maior facilidade de negociação) é o contrato de juros DI negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros com vencimento em outubro. Estes títulos encerram o dia com a taxa de 18,870% ao ano, frente a 18,950% ao ano negociados ontem. Os contratos de swap (troca) de títulos prefixados por pós-fixados com período de um ano pagavam juros de 18,77% ao ano, frente a 18,83% ao ano ontem. Amanhã, antes da decisão do Copom, serão divulgados índices que devem apontar a tendência para a inflação neste mês (veja mais informações no link abaixo). Segundo apurou a editora Lucinda Pinto, mesmo que sinalizem uma pressão menor sobre a inflação, estes índices não seriam suficientes para que o Comitê decidisse por um corte da Selic nesta reunião. Fluxo favorece queda do dólar Esta terça-feira foi mais um dia de queda das cotações do dólar. Mais uma vez, o fluxo positivo de recursos para o mercado interno foi responsável pelo comportamento. No fechamento do dia, a moeda norte-americana era vendida a R$ 2,4220, em queda de 0,53% em relação aos últimos negócios de ontem. Muitas empresas têm antecipado a captação de recursos no exterior, o que favorece um aumento do volume de dólares no mercado interno. O fato é que a proximidade das eleições presidenciais poderá deixar o investidor estrangeiro inseguro em relação ao novo plano de governo para o País. Com isso, existe a expectativa de um aumento nas taxas de juros que as empresas pagarão para colocar seus papéis no mercado internacional. Para fugir deste risco, estes lançamentos estão sendo antecipados para este primeiro semestre do ano. Outro foco de atenção para os investidores foi a troca de papéis cambiais do governo em poder dos investidores que têm vencimento no próximo dia 21. A rolagem integral do vencimento foi de R$ 4,650 bilhões. Para alongar esta dívida, o Tesouro Nacional ofertou papéis com vencimento mais longo. Hoje foi a quarta e última operação para a troca. Bolsa fecha em queda de 0,99% A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 0,99%. Às 18h15, o volume negociado estava em R$ 558,787 milhões. As maiores altas foram as ações preferenciais (PN, sem direito a voto) do tipo a da Companhia Vale do Rio Doce (2,61%), Globo Cabo PN (1,61%), Acesita PN (1,47%), e Transmissão Paulista PN (1,38%). A Bovespa, que permaneceu do lado positivo durante a manhã, não conseguiu sustentar-se e foi influenciada pelas baixas em Nova York. Às 18h20, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - esta em queda de 1,60% e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - operava com baixa de 3,04%. Apesar dos sinais positivos de reaquecimento da atividade econômica norte-americana, que devem confirmar-se a partir do segundo trimestre deste ano, as Bolsas nos Estados Unidos não reagem. Segundo analistas, o preço das ações ainda está supervalorizado, pois as empresas não têm apresentado lucros compatíveis com as expectativas dos investidores. Na Argentina, o índice Merval da Bolsa de Buenos Aires estava em alta de 1,27%. Segundo apurou a correspondente Marina Guimarães, o dólar fechou em alta no país vizinho. O fechamento da moeda apresentou variações de 2,14 a 2,20 pesos para a venda e de 1,95 a 2,03 pesos para a compra, em 11 casas de câmbio e bancos pesquisados pela Agência Estado. Ontem, a moeda norte-americana fechou em 2,05 a 2,10 para a venda e 1,90 a 1,95 para a compra Investimentos Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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