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Mercados: Bolsa ensaia recuperação

O dia foi tenso, com muitas oscilações e especulações. A Bovespa teve alta de 4,08% e o dólar subiu a R$ 1,9360. Amanhã a Opep pode definir aumento na produção de petróleo, segundo a regra para o controle da variação de preços.

Por Agencia Estado
Atualização:

Em um dia de muitas oscilações nos mercados, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 4,08%. Para muitos analistas, a alta deve-se ao preço excessivamente baixo da maioria das ações, que vinham reagindo ao cenário externo com pessimismo apesar do bom cenário da economia brasileira. A alta do dólar dos últimos dias também pode ter contribuído para a elevação na cotação das ações, como maneira de manter seus valores em dólar. Hoje, inclusive, o Banco Central divulgou o balanço das contas do governo, que indicam saldo positivo superior ao acordado com o Fundo Monetário Internacional em R$ 6 bilhões. O dólar fechou em R$ 1,9360, com alta de 0,31%. Depois do fiasco do leilão de títulos cambiais de terça-feira, quando o governo tentou alongar prazos e reduzir juros dos papéis enquanto que a sinalização do mercado era no sentido oposto - redução de prazos e aumento de juros -, hoje a situação foi diferente. O governo conseguiu vender todos os títulos, de acordo com as condições dos investidores, mas a oferta foi insuficiente, dadas as incertezas nos mercados, e o dólar voltou a subir. Os investidores continuam procurando a moeda norte-americana como proteção. O ex-ministro da Fazenda, Ernâni Galvêas, afirmou hoje em entrevista à repórter Sônia Araripe que uma alta que chegasse até a R$ 2,00 para o dólar é possível dentro do atual cenário internacional de grande instabilidade. Produção de petróleo pode aumentar amanhã Frente a ameaças do Iraque de que interromperia sua produção de petróleo se a Organização das Nações Unidas (ONU) não acatasse a exigência de que suas exportações fossem pagas em euros, o petróleo subiu um pouco. Os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em dezembro fecharam em alta de 0,60% em Londres, a US$ 31,96 por barril. Mas a grande expectativa é em relação aos acontecimentos de amanhã, que será o vigésimo dia em que o preço do petróleo da cesta da Organização dos Países Produtores de Petróleo estará acima de US$ 28. Isso significa, segundo norma decidida pela própria Opep, que será acionado automaticamente uma elevação da produção em 500 mil barris diários. Se isso não ocorrer, a interpretação do mercado pode ser pessimista, elevando as cotações do produto. Juros seguem em alta E os juros continuam em alta. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 18,360% ao ano, frente a 18,110% ao ano ontem. A cotação de hoje é significantemente superior à taxa básica referencial da economia, a Selic. É natural que ela seja mais elevada, pois reflete contratos anuais, enquanto que a Selic é diária, mas a diferença entre as taxas está próxima de dois pontos porcentuais, o que é incomum. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 0,52%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em alta de 1,32%.

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