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Mercados calmos, mas dólar segue em alta

Os mercados seguem registrando baixos volumes de negócios e relativa estabilidade. O destaque é o dólar, que vem acumulando pequenas altas nos últimos seis pregões e chegou a R$ 2,4250 ontem.

Por Agencia Estado
Atualização:

O volume de negócios nos mercados financeiros segue baixo nesse início de ano. Ontem o cancelamento definitivo do leilão de privatização da Copel (Companhia Paranaense de Energia) desanimou os investidores. De qualquer maneira, o principal destaque continua sendo o dólar, que não pára de subir, a passos lentos mas firmes. Nos últimos seis pregões, a moeda norte-americana já acumula alta de 2,49%. Ontem fechou em R$ 2,4250, frente a R$ 2,3660 no dia 18. Segundo analistas, a alta deve-se ao fraco desempenho das exportações no mês de janeiro. Também comenta-se que muitas empresas têm vencimentos importantes no exterior em fevereiro, e já estariam comprando dólares. O fracasso do leilão da Copel, embora esperado, também frustra a entrada de divisas. E, por fim, a crise argentina paralisou o comércio bilateral, que, quando for retomado, será menos favorável ao Brasil, já que o peso sofreu forte desvalorização. Na pesquisa semanal de conjuntura econômica do Banco Central junto às principais instituições financeiras do país, os números para o ano de 2002 apresentam ligeira melhora, com exceção da inflação. Assim, a atual valorização do dólar possa ser um fato momentâneo. Por outro lado, a pesquisa indica que os analistas esperam que a moeda norte-americana encerre o ano cotada a R$ 2,58 - bem acima do que se verifica hoje. A boa notícia é que, nos Estados Unidos, os investidores aparentam retomar a confiança, ainda que com cautela. Na quarta-feira, o Fed - Banco Central norte-americano - discutirá o juro básico, atualmente em 1,75% ao ano. Em discurso na semana passada, Alan Greenspan, presidente do órgão, indicou sinais de recuperação da economia, o que trouxe euforia aos mercados, os quais agora esperam que os juros sejam mantidos nos atuais patamares. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial declararam-se profundamente preocupados com a situação argentina e dispostos a ajudar o país. A notícia vem em boa hora e indica que as negociações entre o governo e a comunidade internacional podem estar tendo resultado. O chanceler, Carlos Ruckauf, está no exterior, conversando com governos estrangeiros e representantes das principais instituições financeiras credoras da Argentina. E a equipe econômica, depois da reprovação do Fundo, está revendo suas projeções para a economia, corrigindo-as para patamares mais realistas. No sábado, deve ser anunciada nova proposta para o orçamento de 2002 - ainda mais enxuta, com os novos cálculos - e medidas de afrouxamento do "corralito", o semi-congelamento das contas bancárias. Com isso, o governo tenta responder aos crescentes protestos populares contra a crise que o país atravessa. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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