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Mercados: cenário político continua em destaque

A melhora do humor dos investidores no início da semana comprovou que a incerteza em relação ao cenário político é o principal motivo para esse período de turbulência nos mercados. Hoje, além do encaminhamento da sucessão presidencial, a divulgação do IPCA-15 deve concentrar as atenções.

Por Agencia Estado
Atualização:

A melhora do humor dos investidores no início da semana comprovou que a incerteza em relação ao cenário político é o principal motivo para esse período de turbulência nos mercados. Para os investidores, a falta de uma certeza sobre qual será o próximo presidente e de que forma ele conduzirá as diretrizes econômicas do País aumentaram o risco de se investir em ativos brasileiros. Ontem, a tranqüilidade nos negócios teve como fator inicial a subida do candidato pelo PSDB José Serra nas intenções de voto, verificada pela pesquisa CNT/Sensus, anunciada no início do dia. Também divulfada ontem, uma pesquisa de intenções de voto realizada pelo instituto Vox Populi apresentou números muito semelhantes aos obtidos pelo levantamento do Sensus. Para os investidores, os números começam a ficar positivos, já que Serra representa a possibilidade mais forte de não-ruptura do atual modelo econômico. Outro fator que teria pesado de forma positiva, segundo o próprio presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, teriam sido as declarações do candidato do PT, Luíz Inácio Lula da Silva, no sentido de explicitar as principais diretrizes do seu plano econômico. Apesar da melhora de Serra nas pesquisas, Lula ainda lidera as intenções de voto. Portanto, segundo analistas, conhecer o que de fato pretende o PT é determinante para o comportamento dos investidores nesse momento. Outras notícias positivas se seguiram ao longo dos dia, provocando queda da taxa de risco-país e das cotações do dólar, ao mesmo tempo que as taxas de juros recuaram e os papéis da dívida brasileira valorizaram-se. Rumores no final de segunda-feira levantavam a possibilidade de que o Banco Central (BC) estaria recomprando títulos da dívida brasileira, o que teria contribuído para o resultado dos ativos. De qualquer forma, analistas ressaltam que apesar da melhora no início dessa semana, o risco de novos períodos de turbulência ainda é forte. Veja mais informações sobre o comportamento dos mercados ontem nos links abaixo. IBGE divulga IPCA-15 Nessa terça-feira, outro foco de atenção é a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), que mede a inflação entre os dias 15 do mês passado e 15 desse mês. Trata-se de uma prévia do Índice fechado do mês, que é usado como base de referência para a meta de inflação. Em 2003, a meta é de 3,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. O cumprimento da meta de inflação é o objetivo da atual política monetária. Na semana passada, diante de um cenário desfavorável, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pela manutenção da Selic, a taxa básica de juros da economia, em 18,5% ao ano, com colocação de viés de baixa, permitindo que o presidente do BC corte juros antes da próxima reunião do Copom. Ainda nessa semana, o Comitê divulga a ata da sua última reunião. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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