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Mercados começam a semana parados

Ontem foi um dia parado nos mercados por causa do feriado nos EUA, do suspense em relação à renúncia de ACM e da espera pelo swap da dívida de curto prazo da Argentina. O foco das preocupações passou a ser as crises internas.

Por Agencia Estado
Atualização:

Ontem o dia foi de poucos negócios e variações pequenas nas cotações. As principais causas foram o feriado de Memorial Day nos Estados Unidos, a expectativa em relação à renúncia do Senador Antônio Carlos Magalhães amanhã e também a espera pela troca de títulos da dívida argentina, que ocorre na sexta-feira. Mas, de qualquer forma, o centro das preocupações dos investidores passou a ser a crise interna. Amanhã espera-se que ACM renuncie a seu mandato no Senado. O ato em si, que evita o processo de cassação e a possível perda dos direitos políticos por oito anos, é um sinal de que ele não encerrará sua carreira política. Ele conta com o apoio integral do seu partido - PFL - que é um dos pilares da base governista. Assim, por mais que ele prometa um discurso bombástico de renúncia, não se espera realmente que o governo saia seriamente prejudicado. Mas, dada a sua intimidade com o poder e a ferocidade de suas declarações, os investidores decidiram esperar. Além disso, ainda é cedo para avaliar a crise energética. O racionamento nem entrou em prática, e não se sabe qual será sua eficácia. Com isso, também fica difícil avaliar os seus efeitos na economia, embora as conseqüências negativas sejam certas, o que mantém os mercados cautelosos. Outro fator que desestimula a mudança de humores é a troca da dívida argentina de curto prazo, que, tendo sucesso, aliviará as contas públicas nos próximos anos. O prazo para as ofertas das instituições interessadas é sexta-feira, com divulgação dos números finais na segunda-feira. A expectativa é grande, mas mesmo que tudo ocorra dentro do esperado, ainda resta a reação da economia do país, mergulhada na depressão. O peso fixo sobrevalorizado torna a tarefa especialmente complexa, e se não houver uma reação convincente no médio prazo, os resultados podem ser desastrosos, afetando diretamente os mercados brasileiros. Até agora, porém, a ligeira recuperação do cenário argentino, traduzida na queda dos juros dos títulos do país negociados no mercado, não teve nenhum efeito no Brasil. Sinal de que a crise interna passou a ser o centro das atenções dos investidores. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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