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Mercados continuam cautelosos com Argentina

Os investidores apostam que o clima de instabilidade deve ser menor até as eleições na Argentina, mas o dólar continua em patamares elevado. A desconfiança em relação ao país vizinho permanece.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro manteve-se cauteloso durante todo o dia. As incertezas em relação à Argentina permanecem nas análises dos investidores que começaram a apostar em uma diminuição da instabilidade até as eleições parlamentares em 14 de outubro. Mas, de fato, o que se percebe é que as posições de segurança (hedge) dos grandes investidores continuam estruturadas. Com isso, a dólar mantém-se em patamares elevados. Hoje o dólar comercial fechou cotado a R$ 2,5780 na ponta de venda dos negócios, com alta de 0,82% em relação aos últimos negócios de ontem. A precaução dos investidores é justificada pelas incertezas em relação ao período pós-eleições. Uma desvalorização do peso argentino ou a incapacidade do país em honrar suas dívidas são possibilidades não descartadas, segundo os analistas. No país vizinho, o Banco Central informou hoje que as reservas internacionais do país eram de US$ 16,25 bilhões no dia 3 de setembro. No dia anterior, 31 de agosto, este total estava em US$ 16,26 bilhões. Segundo a correspondente Marina Guimarães, outra notícia negativa foi a alta de 13% para 16% na taxa anualizada para negócios de um dia em pesos entre os bancos de primeira linha. Nos bancos menores, a taxa passou de 15% para 17,5%. Também cotada em dólares, a taxa subiu de 9% para 11% entre os bancos maiores e de 10,5% para 12,5% para os menores. Bolsa em queda e juros em alta A forte baixa no preço das ações da Telesp Celular por conta da desistência da Portugal Telecom em recomprar as ações da companhia brasileira contribuíram para a queda de 1,38% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Veja mais informações sobre esta decisão no link abaixo. Sem a possibilidade de vender seus papéis à Portugal Telecom com um prêmio expressivo - principalmente neste momento em que a Bolsa acumula uma queda de aproximadamente 17% no ano -, os investidores reavaliaram o valor das ações da empresa brasileira. A partir de agora, sem a confirmação da operação, os papéis da empresa voltam a ser influenciados pelo cenário externo e pelas perspectivas de crescimento do mercado interno. No final desta quarta-feira, as ações preferenciais (PN, sem direito a voto) encerraram o dia cotados a R$ 8,60, com queda de 27,61% em relação ao fechamento de ontem. No mercado de juros, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 22,490% ao ano, frente a 22,400% ao ano ontem. O índice de inflação divulgado hoje confirmou a previsão dos analistas a respeito de uma desaceleração da inflação e confirmou também as projeções de que a taxa de juros básica, a Selic, chegou ao ponto máximo, se considerada apenas as perspectivas para a inflação (veja mais informações no link abaixo). Mercados internacionais O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em queda de 0,46%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 0,36%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 0,66%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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