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Mercados continuam esperando pacote argentino

O governo central da Argentina e os governadores de províncias não chegaram a um acordo ontem em reunião que tinha o objetivo de reduzir o valor de transferência dos recursos. Deste entendimento depende a divulgação de mais um pacote econômico no país vizinho.

Por Agencia Estado
Atualização:

A reunião entre o presidente Fernando De la Rúa e os governadores foi encerrada ontem à noite sem um acordo entre as partes. O objetivo da reunião era chegar a um consenso sobre a redução do valor das transferências de recursos do governo central para as províncias e abrir caminho ao anúncio do pacote de Fernando De la Rúa. Segundo apurou a correspondente Marina Guimarães, as negociações continuam hoje porque os governadores consideram que ainda há vários detalhes não acertados, entre eles o compromisso do governo federal de renegociar a dívida em torno de US$ 10 bilhões que as províncias têm com os bancos locais. Os governadores das províncias não acreditam que o ministro da Economia, Domingo Cavallo, tenha conseguido fechar este acordo com os bancos. Por este acordo, os governadores esperavam que as atuais taxas de 23% caíssem para 7%, o que significaria uma economia de aproximadamente US$ 3 bilhões. Os 24 governadores se reúnem hoje à tarde mas antes, às 13h, os 14 peronistas terão um encontro reservado. Analistas ouvidos pela correspondente estão cada vez mais céticos sobre a possibilidade de que este acordo com os bancos, de fato, seja fechado. Isso porque uma alteração nas taxas de juros poderá fazer com que estes bancos reclassifiquem a dívida argentina em seus balanços, o que poderia provocar um rebaixamento do rating (classificação) da dívida do país. O anúncio do pacote argentino depende destas negociações, mas a percepção dos mercados brasileiros é que a crise argentina não terá solução definitiva mesmo com este pacote, o décimo primeiro do governo De la Rúa. Já no longo prazo, a falta de perspectiva de reestruturação da dívida pública, que cresce a taxas de juros astronômicas faz com que se mantenham as previsões de insolvência financeira. O próprio governo norte-americano reduziu o rating da Argentina no seu sistema próprio de classificação para programas de financiamento. Agora, o país só terá acesso a créditos de curto prazo, numa clara demonstração de que a sua credibilidade é baixíssima. Leilão da Copel terá 3 concorrentes O governo do Estado do Paraná anunciou que três grupos apresentaram os documentos necessários para a pré-inscrição ao leilão de privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel). No dia 29, na antevéspera do leilão, eles serão conhecidos. Para o mercado de câmbio, a notícia pode significar entrada significativa de dólares. O preço mínimo foi fixado em R$ 4,32 bilhões. Outras empresas do setor elétrico continuam tendo destaque na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A Celesc, devido à perspectiva de federalização da sua dívida, e a Cesp pelos rumores de que o governo do Estado de São Paulo venha a tentar novamente a sua privatização no início de 2002. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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