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Mercados: crises internacionais acumulam-se

As dificuldades internacionais estão se agravando. Ontem o Dow Jones despencou em função de resultados de empresas. O Japão também preocupa. A Fitch, agência de classificação de risco, colocou 19 bancos em observação.

Por Agencia Estado
Atualização:

As dificuldades internacionais estão se aprofundando e abrangendo cada vez mais países. O resultado é visível nos mercados financeiros, que voltaram a cair com força ontem. Nos Estados Unidos, as bolsas despencaram, com destaque para o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York -, que tende a ser mais estável. O Índice chegou ao nível mais baixo em um ano, puxado pelos resultados decepcionantes das empresas num ambiente de desaceleração econômica. A crise econômica no Japão, que já dura anos, concentrou as atenções dos investidores. A agência de classificação de risco Fitch colocou 19 bancos japoneses em observação para possível redução de rating (nota classificatória de risco). O medo de que as dificuldades no país possam contaminar a economia global derrubou as bolsas. No Brasil, apesar do bom cenário econômico, o quadro piora devido à influência da Argentina. Os mercados locais estão bastante nervosos com a frágil situação econômica do país. Frente ao não-cumprimento de metas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e continuidade da recessão, que já dura 30 meses, o novo ministro da Economia, Ricardo López Murphy, prometeu um pacote de austeridade fiscal. Mas, mesmo antes do anúncio das medidas, o governo já enfrenta grande resistência, inclusive dentro da base aliada. Por fim, a crise política nacional continua ocupando as manchetes dos jornais. Por enquanto, não houve comprovação das denúncias que pipocaram de todos os lados. E a oposição tenta aprofundar as investigações. O clima ainda é de intranqüilidade e enquanto não houver uma solução definitiva, os investidores devem manter a cautela.

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