PUBLICIDADE

Mercados: dia começa com números de inflação

A Fipe divulgou no início do dia o IPC referente ao mês de fevereiro. O resultado de 0,26% saiu dentro do esperado pelos analistas. O cenário político e o desempenho das bolsas de Nova York permanecem no foco de atenção dos investidores.

Por Agencia Estado
Atualização:

O dia no mercado financeiro começa com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) referente ao mês de fevereiro. O resultado ficou em 0,26% e está dentro das expectativas dos analistas. Segundo informou o repórter Francisco Carlos de Assis, a estimativa de 14 economistas ouvidos pela reportagem da Agência Estado era de um número entre 0,15% e 0,40%. Em janeiro, o IPC fechou com alta de 0,57%. Outro índice de inflação a ser divulgado ainda hoje é o Índice Geral dos Preços do Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado será referente à primeira semana de março. O comportamento da inflação é um dos assuntos em destaque nos mercados, dado que a política monetária do governo tem sido guiada pelo cumprimento das metas de inflação. Neste ano, a meta é de 3,5%, com possibilidade de alta ou baixa de dois pontos porcentuais. Juro real - taxa nominal menos inflação - é essencial para o crescimento econômico do País. Para o mercado acionário, trata-se de uma condição fundamental para atrair novos recursos. Depois da última redução da Selic, a taxa básica de juros da economia, de 19% ao ano para 18,75% ao ano, o volume de negócios na Bolsa cresceu de forma expressiva - em torno de 50%. Para se ter uma idéia, em fevereiro, até o dia 20, quando foi anunciado o corte da Selic, a média diária de negócios era de R$ 400,724 milhões. Depois desta data, a média diária passou para R$ 603,974 milhões. Neste mês, o volume de negócios continuou elevado e ontem ultrapassou os R$ 860 milhões. De acordo com Jorge Simino, diretor de pesquisas da Unibanco Asset Management, a melhora do cenário econômico, com a conseqüente queda das taxas de juros, foi fundamental para o aumento dos negócios na Bolsa. "A maior parte do dinheiro que está entrando vem de investidores estrangeiros", afirma. A avaliação pode ser confirmada pelo balanço de investimentos estrangeiros na Bolsa em fevereiro. Segundo apurou a editora Graziella Valenti, a entrada de capital estrangeiro foi de R$ 450,451 milhões, acumulando neste ano um saldo positivo em recursos estrangeiros de R$ 353,076 milhões. Cenário político A instabilidade na base do governo Fernando Henrique Cardoso continua em pauta no mercado financeiro. Ontem, a pré-candidata do PFL e governadora do Maranhão Roseana Sarney afirmou que, caso o seu partido continue apoiando o governo federal, ela abandonará a sua candidatura. O efeito político ainda não é certo. O candidato governista José Serra pode ganhar com esta situação. Mas não está descartada a hipótese de fortalecimento dos candidatos de oposição. A crise política fez com que os líderes partidários na Câmara decidissem transferir para esta quarta-feira a pauta de votações que estava prevista para ontem. Segundo apuração do repórter José Ramos, a decisão foi tomada pelo presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), ao constatar que havia unanimidade entre os partidos para esse procedimento. O líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP), disse que o objetivo do adiamento foi o de evitar um conflito entre os partidos da base governista, já que o PFL havia decidido não participar de nenhuma votação nesta semana. Veja mais informação sobre o cenário político nos links abaixo. Bolsas norte-americanas e números da economia As bolsas de Nova York podem continuar influenciando os negócios no mercado acionário brasileiro. A economia dos EUA vem dando sinais de reaquecimento, mas os analistas não afastam o risco de novas quedas no preço das ações. Hoje, serão divulgados dados econômicos importantes. O Departamento do Comércio dos EUA divulga hoje o indicador de encomendas à indústria em janeiro. Às 16h (horário de Brasília), o Federal Reserve divulga o "livro bege", o sumário sobre as condições da economia norte-americana que servirá de base para as decisões de política monetária norte-americana. Não deixe de ver no link abaixo as perspectivas para a semana no mercado financeiro e as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.