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Mercados: dia deve ser de forte nervosismo

As incertezas que dominam os mercados deixam os investidores inseguros. Com a proximidade do final de semana, esta situação fica ainda pior. Sem negócios nos EUA, os quais devem ser retomados na segunda-feira, os investidores ficam sem referência.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro no Brasil deve ter uma sexta-feira de forte instabilidade. No início dos negócios, esta situação já pôde ser percebida. As incertezas em relação ao impacto econômico de uma reação norte-americana aos ataques terroristas dominam as análises dos investidores. Com a chegada do final de semana e a perspectiva de abertura das Bolsas de Nova York, na segunda-feira, o clima de instabilidade fica ainda pior. O presidente dos EUA já afirmou que irá atacar todos os envolvidos em ataques terroristas, assim como países que dêem cobertura a estas pessoas. O principal alvo é o Afeganistão. A imprensa londrina informa hoje que o Taleban - que governa Afeganistão - alertou os EUA que irá retaliar se o país for atacado como represália aos ataques terroristas desta semana. Em meio às incertezas do que pode acontecer daqui para frente, os analistas afirmam que, para o Brasil, o cenário econômico não é nada bom. O País tem grande parte de sua dívida atrelada ao dólar e, portanto, o déficit em suas contas tende a aumentar, com a alta do dólar. De outro lado, a elevação do preço do petróleo e a valorização do dólar frente ao real pressionam para cima a inflação, o que pode provocar nova rodada de alta de juros. Para a economia, trata-se de mais um entrave. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se para reavaliar a Selic, a taxa básica de juros, que está em 19% ao ano e os analistas não têm nenhuma certeza de qual deve ser a decisão do Comitê. Nos EUA, a reunião do Banco Central (Fed) para reavaliação dos juros está marcada para 2 de outubro, mas é grande a expectativa de que uma redução da taxa, que está em 3,5% ao ano, aconteça antes deste dia. Para a economia americana, que já está em desaceleração forte, esta seria uma das maneiras para se evitar a temida recessão. Esta possibilidade ficou mais forte depois dos ataques terroristas. Veja como estão os mercados O dólar comercial começou o dia cotado a R$ 2,7100 na ponta de venda dos negócios e há pouco era negociado a R$ 2,6940, com alta de 1,28% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com baixa de 3,61%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 25,070% ao ano, frente a 24,600% ao ano ontem. Na Europa, a situação não é diferente. Às 10h17, a Bolsa de Frankfurt estava em queda de 5,2%, a Bolsa de Paris recuava 4,6% e a Bolsa de Londres estava em baixa de 3%. O petróleo continua em alta. Há pouco, o contrato futuro do petróleo brent com vencimento em novembro subia 4,9% ou US$ 1,40 para US$ 29,77 o barril na Bolsa Internacional de Petróleo (IPE), em Londres. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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