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Mercados: dólar abre em queda e Bolsa sobe

Os mercados abriram tranqüilos apesar das notícias negativas sobre a Argentina. No Brasil, começa hoje a reunião do Copom para reavaliar a Selic, que está em 19% ao ano desde julho do ano passado. O dólar está em queda de 0,29% e a Bolsa, em alta de 1,21%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro começa o dia tranqüilo, apesar das notícias negativas no cenário externo. Às 11h22, o dólar comercial estava cotado a R$ 2,3670 na ponta de venda dos negócios, com queda de 0,29% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com alta de 1,21%. No mercado de juros futuros, os contratos de swap (troca) de títulos prefixados por pós-fixados com período de um ano pagam juros de 19,84% ao ano, frente a 20,05% ao ano ontem. Os investidores receberam bem as declarações da vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, sobre a situação brasileira diante do agravamento da crise argentina. Segundo ela, o sistema de câmbio flutuante adotado pelo Brasil é o responsável pelo isolamento dos efeitos da crise argentina sobre os mercados financeiros do País (veja mais informações no link abaixo). Sobre a Argentina, as declarações de Krueger seguem no sentido oposto, de acordo com apuração da editora Cynthia Decloedt. A vice-diretora-gerente do FMI disse que, embora seja cedo para especular sobre o provável montante de ajuda a Argentina, um pedido de US$ 15 bilhões pelo governo do país seria bastante elevado, diante do atual grau de exposição do FMI na Argentina, de cerca de US$ 20 bilhões. Krueger disse ainda desconhecer qualquer intenção formal ou informal de assistência e que qualquer decisão nesse sentido levaria a avaliação das reformas econômicas. O fato é que, sem uma ajuda de organismos financeiros internacionais, as instituições bancárias correm o sério risco de ficarem insolventes. Isso porque o governo, ao pesificar os saldos bancários por uma taxa de câmbio irreal, vai provocar um descasamento entre o ativo e o passivo das instituições. Um recente relatório da Moody´s - uma das principais agências de classificação de risco do mundo - informou que os bancos podem perder até US$ 38 bilhões, o que significa mais do que o dobro do patrimônio líquido (PL) dos bancos (veja mais informações no link abaixo). Uma missão do FMI chega hoje a Buenos Aires com o principal objetivo de avaliar o orçamento do país para este ano. Segundo analistas, desta avaliação depende a liberação de novos recursos para a Argentina. Depois das declarações de Krueger, resta saber como o mercado vai avaliar as perspectivas para as condições do sistema financeiro do país. Copom inicia hoje reunião Começa hoje a reunião mensal do Comitê de Política Monetária (Copom) para reavaliar a Selic - a taxa básica de juros da economia - que está em 19% ao ano. A maioria dos analistas aposta em manutenção da taxa. Relatório semanal divulgado pelo Lloyds TSB informa que a alta da inflação em 2001 e um ambiente externo cheio de incertezas, que podem provocar nova pressão de alta sobre o dólar e os índices inflacionários, são os principais motivos para a cautela do Copom. Não deixe de ver no link abaixo as perspectivas dos analistas para a semana no mercado financeiro e as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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