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Mercados: dólar disparou

O dólar chegou perto das cotações mais altas desde a criação do real, fechando a R$ 2,0410. A causa da corrida pela moeda norte-americana foi o medo de uma recessão mundial. Os índices de inflação de janeiro nos Estados Unidos ficaram muito acima do esperado.

Por Agencia Estado
Atualização:

O dólar não parou de subir hoje. A divulgação do CPI - Índice de Preços ao Consumidor - de janeiro nos Estados Unidos confirmou os dados pessimistas sobre a inflação, que está pressionada. Com isso, as expectativas de um corte vigoroso nos juros básicos nos Estados Unidos foram por água abaixo e o pessimismo tomou conta dos investidores. A paralisação dos mercados nos próximos dias por conta do carnaval preocupa, pois a instabilidade externa é grande e muita coisa pode acontecer nos próximos dias sem que o aplicador brasileiro possa reagir. A séria crise financeira na Turquia não tem papel central, mas contribui com a instabilidade, em especial em outros países emergentes, como o Brasil. A busca de divisas para proteger as aplicações fez as cotações no mercado de câmbio dispararem. O dólar fechou em alta de 1,49%, a R$ 2,0410, depois de ser negociado a R$ 2,0470. Essas cotações foram as mais altas desde 4 de março de 1999, época em que o pânico tomou conta do mercado depois da desvalorização do real. A moeda norte-americana está chegando perto da sua cotação máxima histórica de 2 de março de 1999, quando foi negociada na máxima de R$ 2,23 e fechou a R$ 2,17. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,99%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 16,490% ao ano, frente a 16,270% ao ano ontem. O Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 1,90%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - em queda de 2,13%.

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