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Mercados: dólar fecha em queda e Bolsa recua

Os mercados passaram por um momento de correção dos ativos, mas mantêm as perspectivas positivas em relação aos fundamentos econômicos em 2002. O dólar fechou o dia com queda de 0,32% e a Bolsa caiu 1,14%. As taxas de juros fecharam o dia em alta.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois do alerta do Banco Central (BC) sobre o otimismo exagerado dos mercados, os investidores voltaram a cogitar a possibilidade de manutenção das taxas de juros em patamares elevados em 2002. Alguns analistas já falam até mesmo em alta da Selic, a taxa básica de juros da economia, no próximo ano, caso a meta anual de inflação de 3,5% - com possibilidade de alta ou baixa de dois pontos porcentuais - seja ameaçada (veja mais informações no link abaixo). No mercado de juros, a correção desta tendência fez com que as taxas registrassem alta ao longo do dia. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 20,500% ao ano, frente a 20,200% ao ano ontem. No mercado de câmbio, as cotações permaneceram em queda. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,4720 na ponta de venda dos negócios, com baixa de 0,32% em relação às últimas operações de ontem. O único momento de alta foi registrado quando os investidores receberam a notícia veiculada pelo jornal argentino Clárin, informando que o Fundo Monetário Internacional (FMI) estaria pressionando a Argentina a abandonar a paridade cambial e adotar o câmbio flutuante. Segundo apurou o editor Renato Martins, a informação foi do próprio ministro da Economia Domingo Cavallo em conversa com líderes empresariais argentino (veja mais informações no link abaixo). O FMI não confirmou as informações e, por enquanto, ainda não se pronunciou sobre a possibilidade de adiantamento da parcela de recursos, prevista para dezembro, de US$ 1,260 milhão. A intenção do governo argentino é usar estes recursos para pagamento de dívidas que vencem ainda este mês e, caso este valor não seja antecipado, o governo argentino já anunciou que poderá usar o dinheiro das reservas internacionais. Para os investidores, este é maios um fator de desconfiança em relação ao país vizinho. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os negócios terminaram em queda de 1,14%. A possibilidade de manutenção dos juros em patamares elevados reduziu, em parte, o otimismo dos investidores com a retomada dos negócios no mercado de ações. A Bovespa também foi influenciada pelo mercado acionário norte-americano. Inesperadamente, o índice de confiança do consumidor norte-americano caiu em novembro para 82,2 - de 85,3 registrado em outubro. O mercado acionário em Nova York reagiu mal, mas já recuperou parte da queda. Às 18h20, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - estava em queda de 0,96%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - operava com queda de 0,17%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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