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Mercados: dólar reduz queda

O dólar abriu em baixa, influenciado pela atuação pesada do BC ontem no mercado de câmbio. Nos primeiros negócios, o dólar estava cotado a R$ 2,2750, já reduziu a queda e é vendido a R$ 2,2970, com queda de 0,35%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O dólar começou o dia em queda ainda influenciado pela forte intervenção do Banco Central (BC) ontem no mercado de câmbio, quando realizou dois leilões de títulos cambiais, no total de R$ 4 bilhões, e venda direta de dólares em um volume entre US$ 200 milhões e US$ 4 milhões. Há pouco o dólar comercial estava cotado a R$ 2,2970 na ponta de venda dos negócios - queda de 0,35% em relação aos últimos negócios de ontem. Muitos analistas consideram que a estratégia do BC de atuar de forma agressiva no mercado de câmbio com o objetivo de conter a alta do dólar terá efeito no curto prazo apenas. Em um período mais longo pesam as incertezas em relação à extensão do impacto do racionamento de energia na economia brasileira, ao desenrolar da crise argentina e às eleições presidenciais no Brasil em 2002. Diante de tantas incertezas, os investidores não abandonam o interesse em manter dólares em carteira como forma de proteção (hedge). E, apesar da disposição do BC em manter o mercado "irrigado", é certo que haverá um fluxo menor de dólares para o País, por conta da queda dos investimentos diretos e da perspectiva de saldo negativo para a balança comercial. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os negócios abriram do lado positivo. A alta é de 0,41%. No mercado de juros, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 22,925% ao ano, frente a 23,050% ao ano ontem. Copom divulga ata No início da manhã, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a ata da última reunião, realizada nos dias 19 e 20 de junho, quando decidiu por elevar a taxa básica de juros (Selic), de 16,75% para 18,25% ao ano. Segundo o documento, a persistência das pressões já existentes sobre a taxa da inflação e o potencial efeito da alta do dólar sobre os preços foram os motivos para uma alta mais forte da taxa de juros (veja mais informações nos links abaixo). Em relação à inflação, o BC pretende não ultrapassar o teto de 6% para a inflação deste ano, estabelecido pelo sistema de metas. No acumulado do ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como parâmetro para a meta de inflação, está acumulado em 2,42%. Já o dólar oficial acumula, até ontem, uma alta de 18,83% no ano. Investimentos Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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