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Mercados: especulação e apreensão

Por Agencia Estado
Atualização:

Com um volume de negócios pequeno, houve muitas especulações no mercado ontem, com uma disparada do dólar, que atingiu a cotação de fechamento mais alta do ano, R$ 1,9720. A trajetória de alta do dólar foi interrompida pelo leilão de privatização do Banespa, que trouxe cerca de US$ 3,6 bilhões. Mas, desde a forte queda de segunda-feira passada, quando fechou a R$ 1,9180, a moeda norte-americana já se valorizou 2,82%. A Bolsa caiu, com fortes especulações com as ações da Cesp, cuja privatização está marcada para 6 de novembro, e os juros subiram. As atenções agora estão voltadas para a Argentina. O Congresso argentino deve votar hoje o Orçamento para 2001 - uma das pré-condições para o Fundo Monetário Internacional (FMI) dar seu aval ao pacote multilateral de ajuda financeira. Rumores ontem veiculados pela imprensa argentina anunciavam que o pacote ficará em US$ 30 bilhões. O fundo negou que o valor do pacote esteja fechado. De qualquer forma, técnicos do Fundo chegaram no domingo a Buenos Aires e a vice-diretora do hemisfério ocidental, Teresa Ter-Minassian, deverá desembarcar no país na quarta-feira. Aparentemente, pelas reuniões dos técnicos do governo e representantes estrangeiros, as negociações já estão em curso. A Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) confirmou ontem que não elevará a produção de seus países membros até 17 de janeiro. Sexta-feira foi o vigésimo dia em que a cesta de produtos da Opep manteve-se acima de US$ 28. Pelo sistema de bandas adotado, deveria ocorrer uma aumento automático de 500 mil barris diários, o que foi suspenso. Com o inverno no hemisfério norte, que puxa o consumo de óleo para aquecimento, a tendência para os preços é de alta, uma má notícia para os países importadores, como o Brasil.

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