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Mercados esperam eleição mais otimistas

Os investidores não falam em eleições, esperam vitória de Lula e estarão atentos às suas primeiras medidas. Agora os pronunciamentos do PT, posições e medidas no governo de transição é que devem dar o tom dos negócios. O clima é de menos pessimismo.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado nem pensa mais no resultado das eleições, na expectativa de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PL) seja o novo presidente a partir de 1o de janeiro. E o catastrofismo que vinha tomando os investidores durante a campanha vem cedendo com inúmeras declarações do PT. Mas, apesar das altas dos últimos dias, o clima ainda é de cautela. Figuras importantes do PT vêm tentando acalmar os mercados, reiterando compromissos com reformas do Estado (principalmente tributária e previdenciária), promessas de responsabilidade na administração das contas públicas e políticas econômicas sensatas. A perspectiva de uma transição de governo ordenada a partir da próxima terça-feira ajuda a acalmar os investidores. Mas a maior expectativa é em relação a medidas concretas do novo governo, o que deve ocorrer gradualmente, já que a posse acontece em pouco mais de dois meses. Assim, o mercado agora deve se guiar pelos sinais emitidos pela cúpula petista. Declarações, posicionamentos, votações no Congresso e anúncio de nomes para ocupar os principais cargos devem orientar o rumo do País e influenciar os negócios. Analistas já falam em uma recuperação das cotações em diferentes proporções. Fala-se até que os próximos vencimentos de dívida cambial não devem ser tão tensos. O teste não demora, já que o próximo lote vence no dia 1o de novembro, chegando a cerca de US$ 2 bilhões. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,7300 nos últimos negócios do dia, em baixa de 1,84% em relação às últimas operações de ontem, oscilando entre R$ 3,7250 e R$ 3,8450. Com o resultado de hoje, o dólar acumula uma alta de 61,05% no ano e 1,77% nos últimos 30 dias. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 22,980% ao ano, frente a 23,000% ao ano ontem. Já os títulos com vencimento em julho de 2003 têm taxas de 26,700% ao ano, frente a 26,750% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,19% em 10.014 pontos e volume de negócios de R$ 573 milhões. Com o resultado de hoje, a Bolsa acumula uma baixa de 26,24% em 2002 e alta de 8,53% nos últimos 30 dias. Das 50 ações que compõem o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa -, oito apresentaram queda. Mercados internacionais Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 1,52% (a 8444,0 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - subiu 2,50% (a 1331,13 pontos). Às 18h, o euro era negociado a US$ 0,9760; uma queda de 0,21%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 1,51% (444,11 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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