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Mercados esperam vencimento e equipe do PT

O mercado deve continuar hoje esperando a definição de nomes para a equipe de transição de governo do PT, que deve ser concluída amanhã. O vencimento de US$ 2 bilhões em cambiais na sexta-feira segue influenciando os negócios.

Por Agencia Estado
Atualização:

Ontem o governo rolou quase 50% do vencimento de contratos cambiais de sexta-feira, que é de cerca de US$ 2 bilhões, acalmando um pouco os investidores. Além disso, o mercado continua monitorando cada passo do governo eleito, que deve indicar nomes para a equipe de transição até amanhã. E as bolsas internacionais também preocupam, depois da forte queda no índice de confiança do consumidor, anunciada ontem, que aumenta os sinais de uma possível recessão na economia dos Estados Unidos. O vencimento de contratos cambiais do dia 1o de novembro deve ser mais tranqüilo do que os das últimas semanas. O governo já conseguiu rolar 48,6% das suas obrigações, mas quase toda essa operação transferiu o prazo para 2 de dezembro. Ainda assim, a pressão no dólar, que não foi grande, deve manter-se com moderação, já que quem terá suas aplicações em câmbio resgatadas procura a moeda norte-americana. O Banco Central ainda pode realizar outros leilões para tentar rolar uma parcela maior dos papéis. As novidades da transição foram adiadas para amanhã, já que só foram divulgados até agora os principais coordenadores políticos da equipe petista. O coordenador geral será Antonio Palocci, que promete nomes técnicos e até não petistas dentre esses quadros provisórios. De qualquer forma, a equipe de governo definitiva ainda demora mais. Portanto, a reação dos mercados, se vier, será somente quando houver fatos mais concretos. Um dado que não chegou a afetar os negócios, mas contribui para uma piora do cenário foi o índice de confiança do consumidor norte-americano, que caiu para o menor nível desde novembro de 1993. O que preocupa os analistas é que mesmo com as quedas nas bolsas e retração do crescimento econômico recente, os gastos dos consumidores mantiveram a atividade econômica no país. Mas se o consumo se retrair, a possibilidade de uma recessão cresce. A conseqüência direta foram quedas grandes nas principais bolsas mundiais. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,8150 nos últimos negócios do dia, em alta de 0,93% em relação às últimas operações de segunda-feira. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 23,380% ao ano, frente a 23,410% ao ano segunda-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,28% em 9600 pontos. Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou estável em relação a segunda-feira (a 8368,9 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - caiu 1,16% (a 1300,63 pontos). O euro fechou a US$ 0,9833; uma queda de 0,13%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em baixa de 3,27% (426,45 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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