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Mercados: estabilidade e apreensão

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados voltaram a registrar baixo volume de negócios e oscilações hoje por atuações especulativas. No saldo do dia, o desempenho em relação às cotações de fechamento de ontem revelou relativa estabilidade. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 0,68%. O dólar fechou em R$ 1,9680, com queda de 0,20%. E os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 18,130% ao ano, frente a 18,160% ao ano ontem. Os mercados nos EUA ainda estão abertos, registrando queda na Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - acima de 4%. Na verdade, impera um ambiente de apreensão e expectativa em relação às variáveis mais relevantes para os mercados, todas ainda sem definição. O Congresso argentino está votando o orçamento para 2001, o que deve ser concluído apenas amanhã. Essa é mais uma das pré-condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a liberação de um pacote multilateral de ajuda financeira, que se especula possa chegar a US$ 30 bilhões. Ainda falta a aprovação das medidas de reforma e extinção futura da previdência social. Aprovado o pacote, espera-se que as preocupações do mercado dissipem-se. Mas há outros fatores de indefinição. O petróleo provavelmente não sofrerá queda de preços até 17 de janeiro, conforme decisão da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) de congelar os aumentos de produção até esse prazo. A economia norte-americana continua indefinida, sem que se possa verificar se a desaceleração da atividade econômica será suave ou resultará numa recessão, o que afetaria fortemente a entrada de investimentos estrangeiros. A indefinição também continua em relação à sucessão presidencial. Além disso, o mercado espera o leilão de privatização da Cesp, com preço mínimo de R$ 1,7 bilhões. Como todos os concorrentes são estrangeiros, espera-se uma entrada significativa de dólares, o que pode afetar, ao menos no curto prazo, as cotações da moeda.

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