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Mercados: EUA volta a influenciar negócios

O ritmo do aquecimento norte-americano volta a preocupar os investidores. Ainda há riscos de pressão inflacionária, o que pode retardar a tendência de queda das taxas de juros norte-americanas.

Por Agencia Estado
Atualização:

A alta do Índice de Preços ao Produtor (PPI) de janeiro nos Estados Unidos mexeu com os negócios no mercado financeiro. A alta foi de 1,1% - a maior desde setembro de 1990 -, enquanto a expectativa dos economistas era de uma elevação de 0,2%. Outro indicador que veio ruim foi o de produção industrial, que mostrou uma queda de 0,3%, quando a expectativa era zero. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) reagiu de forma negativa e há pouco operava em queda de 2,62%. O dólar comercial está cotado a R$ 1,9940 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,20% em relação ao fechamento de ontem. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 15,970% ao ano, frente a 15,920% ao ano ontem. O impacto mais forte foi nas bolsas de Nova York. O Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - opera em queda de 0,84%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - registra queda de 4,56%. Segundo entrevista do estrategista do JP Morgan, Luis Fernando Lopes, à editora Sueli Campo, a reação é exagerada. Isso porque o Índice pode estar embutindo uma distorção, pois houve uma mudança na metodologia de cálculo do PPI em janeiro que ainda está sendo avaliada pelos economistas da instituição nos EUA. De qualquer forma, ele acredita que a alta pode chegar a 0,5% ou 0,6%, o que é muito elevado e pode retardar a tendência de queda das taxas de juros nos Estados Unidos.

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