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Mercados: euforia persiste

A pespectiva de queda nos juros dos EUA e no Brasil continuam entusiasmando. As bolsas tiveram fortes altas em NY e SP. Até o petróleo teve queda e a situação na Argentina já não preocupa tanto. O dólar caiu e aumentam as apostas de queda na Selic.

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje os mercados continuaram operando na expectativa de queda nos juros no Brasil e nos Estados Unidos, contagiando os demais mercados. A queda nos preços do petróleo também ajudou, e o debate na Argentina deixa de ser sobre uma crise iminente e passa a centrar-se nas perspectivas de crescimento do país em 2001. Enfim, o pessimismo dos últimos meses parece coisa do passado. Os números divulgados hoje sobre o desemprego nos Estados Unidos sustentaram a avaliação de que a economia norte-americana realmente está se crescendo num ritmo mais lento, conforme avaliação do presidente do FED - banco central norte-americano -, Alan Greenspan, abrindo espaço para uma redução nos juros. Com isso, os mercados em Nova York voltaram a subir. Com a melhora do cenário externo, o maior impedimento para uma queda nos juros brasileiros nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), muitos investidores já apostam numa queda da Selic. A próxima reunião do Copom é dia 20 e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, já deu declarações favoráveis à queda dos juros. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 17,480% ao ano, frente a 17,020% ao ano ontem. O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 0,90%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em alta de 5,89%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segui a tendência, fechando em alta de 3,62%. Petróleo e Argentina finalmente dão uma trégua Vários fatores contribuíram para a queda do petróleo, segundo analistas, como a queda na demanda nos Estados Unidos por causa do desaquecimento da economia, o inverno até agora ameno no hemisfério norte, que reduz a demanda por óleo para aquecimento e a retomada da produção do Iraque, interrompidas há alguns dias. Os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em dezembro fecharam em alta de 1,28% em Londres, a US$ 29,26 por barril. O dólar fechou em R$ 1,9680, com queda de 0,35%%. A situação na Argentina também tem preocupado menos os mercados, com a aprovação do orçamento de 2001 encaminhada e a expectativa de divulgação, na semana que vem, do pacote de ajuda financeira multilateral coordenado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O debate entre os analistas argentinos está passando a focar as possibilidades de soluções de longo prazo para as dificuldades argentinas, em especial, focando o crescimento econômico.

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