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Mercados: exterior guia negócios fracos

Num dia de negócios fraquíssimos, os resultados externos influenciaram fortemente na queda da Bovespa e na alta do dólar. O petróleo voltou a subir, mas não afetou os juros, mais influenciados pelo cenário interno, que está tranqüilo. A exceção é o saldo da balança comercial.

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje o volume de negócios na Bovespa foi baixo até para os padrões da semana passada, já muito baixos. Os mercados financeiros brasileiros, de uma maneira geral, estão sofrendo com a ausência de investidores. Com a estabilidade interna, com crescimento econômico e inflação controlada, os mercados internacionais estão regendo as variações das cotações internamente. Os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em novembro fecharam em alta de 1,24% em Londres, a US$ 31,08 por barril. As animosidades entre o Iraque e o Kuwait estão no centro das atenções dos investidores. O dólar seguiu o aumento nos preços do petróleo, fechando em R$ 1,8530, com alta de 0,43%. Os números divulgados hoje da balança comercial brasileira decepcionaram, indicando forte aumento das importações. As previsões dos analistas é que o saldo da balança para o ano fique entre zero e positivo em US$ 1 bilhão. O acumulado até setembro está em US$ 717 milhões. As bolsas norte-americanas oscilaram muito ao longo do dia. Nos próximos quinze dias, as empresas dos EUA divulgarão seus balanços trimestrais, em muitos casos, com queda nos lucros em função da desaceleração da economia do País. O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 0,46%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 2,83%. A Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo - seguiu a tendência da Nasdaq, fechando em queda de 2,32%. A alta do petróleo também contribuiu para o recuo. Juros Em meio à tranqüilidade interna, os juros voltaram a cair. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 17,090 % ao ano, frente a 17,000% ao ano sexta-feira. Amanhã, o FED - banco central dos Estados Unidos - reúne-se para decidir sobre as taxas de juros do País. Temendo que a economia norte-americana estivesse excessivamente acelerada, o FED promoveu várias elevações de juros para provocar uma queda nas taxas de crescimento econômico. Como a política vem dando resultados, a reunião de amanhã não está preocupando os investidores, que prevêem a manutenção dos juros em 6,5% ao ano.

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