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Mercados: FED na previsão; amanhã Copom

Por Agencia Estado
Atualização:

A decisão do FED - banco central norte-americano - de manter os juros dos EUA em 6,5% ao ano ficou dentro das expectativas dos mercados. Também não surpreendeu a nota oficial que definiu tendência decrescente a partir de agora na evolução das taxas. O FED reverteu, assim, a política de juros crescentes em vigor desde junho de 1999 com o objetivo de desacelerar a economia norte-americana. Agora, reconhece que a queda nas taxas de crescimento econômico realmente ocorreu, e que o risco de uma recessão é maior que o de aumento na inflação. Isso significa que, a partir do ano que vem, é razoável esperar cortes nos juros. A expectativa dos investidores brasileiros, agora, é em relação ao resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgado amanhã por volta das 16:00. Prevê-se uma queda na Selic, a taxa básica referencial de juros da economia, atualmente em 16,5% ao ano. A maioria dos analistas aposta em uma queda de meio ponto porcentual. Se o FED já tivesse reduzido os juros nos EUA, o aumento poderia ser ainda maior, mas como a opção dos norte-americanos foi pela estabilidade, espera-se que a última reunião mensal do Copom em 2000 deixe os juros em 16% ao ano. Mesmo porque houve queda na inflação, e uma queda nos juros correspondente apenas manteria os juros reais. Mercados brasileiros reagiram com otimismo Como a decisão do FED confirmou a expectativa do mercado, houve pequena variação nas cotações, que já consideravam a melhora do cenário. As variações observadas, porém, demonstram o otimismo do mercado brasileiro, com queda nos juros e no dólar e alta na Bolsa. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 17,050% ao ano, frente a 17,090% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 1,68%. E o dólar fechou em R$ 1,9530, com queda de 0,15%. Nos Estados Unidos, a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 4,31%. E o Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 0,57%.

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