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Mercados influenciados por Argentina e energia

Depois do afastamento do problema político interno, a situação da Argentina e a crise de energia no Brasil voltam a deixar os investidores pessimistas. A Bolsa está em queda. Dólar e juros em alta.

Por Agencia Estado
Atualização:

Um dos focos de tensão no mercado financeiro - a crise política - foi afastado, mas permanecem as incertezas em relação à economia argentina, ao ritmo do desaquecimento norte-americano e ao impacto que o problema de falta de energia pode ter sobre o crescimento econômico brasileiro. Os investidores já anteciparam ontem a possibilidade de arquivamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de corrupção no Executivo federal. Hoje, com a volta das demais preocupações, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a registrar queda. Há pouco, o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bovespa - estava em baixa de 1,33%. O dólar comercial abriu em alta e há pouco estava cotado a R$ 2,2890 na ponta de venda dos negócios - alta de 1,37% em relação ao fechamento de ontem. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 21,900% ao ano, frente a 21,710% ao ano ontem. Crise energética e situação argentina Afastada a questão da CPI, o governo prepara-se agora para um problema de proporções muito maiores: a falta de energia, que tem influência direta na economia do País. Esse problema reduz a produção das empresas; diminui o volume de exportações, prejudicando ainda mais o saldo da balança comercial; reduz os postos de trabalho; e pode influenciar no fluxo de investimentos diretos no País. Em relação à Argentina, continua a expectativa dos investidores de que a equipe econômica divulgue as condições para a troca da dívida de curto prazo por papéis com vencimento mais longo, o que aliviaria as contas do governo. Mas o país ainda depende de novas medidas para voltar a crescer e equilibrar suas contas fiscais. Inflação no Brasil No início da manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de abril. O resultado ficou em 0,58% - 0,20 ponto porcentual superior ao de março, quando ficou em 0,38%. Com isso, o Índice acumula no ano uma alta de 2%. Vale lembrar que o IPCA é a referência para a meta de inflação estabelecida pelo governo, de 4%, com possibilidade de alta ou baixa de dois pontos porcentuais. Segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo hoje, o governo estuda a possibilidade de elevar a tarifa de energia elétrica como forma de conter o consumo. Segundo fontes do governo, a meta de inflação suportaria algum reajuste na tarifa. De acordo com o ex-diretor do Banco Central (BC), Sérgio Werlang, em entrevista ao editor Fernando Dantas, uma possível elevação da tarifa poderia aumentar a inflação em 0,5 ponto porcentual, o que, de fato, não comprometeria a meta de inflação. Mas, do lado do consumidor, a elevação da tarifa é o segundo prejuízo que o problema de falta de energia deve acarretar, pois o primeiro já é a queda na oferta. Veja mais informações sobre o assunto nos links abaixo. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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