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Mercados inseguros com Argentina

A melhora dos mercados diante da possibilidade de um novo pacote na Argentina começa a dar sinais de cansaço. A falta de um acordo entre o governo central e as províncias dificulta a adoção de novas medidas no país vizinho.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os investidores começam a dar sinais de desânimo diante da falta de um acordo entre o governo argentino Fernando De la Rúa e os governadores das províncias no sentido reduzir os gastos do país. As negociações continuam hoje, segundo apurou a correspondente Marina Guimarães, e os governadores vão se reunir novamente hoje com o chefe de gabinete da Presidência, Chrystian Colombo. O ministro da Economia, Domingo Cavallo, viajou aos Estados Unidos na noite de segunda-feira e, segundo apuração do correspondente em Londres, João Caminoto, junto ao banco Dresdner Kleinwort Wasserstein, o objetivo da visita é checar a disposição de investidores internacionais sobre um futuro swap (troca) da dívida, além de uma possível ajuda adicional. Também segundo a instituição, Cavallo poderá discutir com o governo dos Estados Unidos as condições de uma eventual dolarização da economia argentina. O dólar comercial iniciou mais um dia de alta e há pouco estava cotado a R$ 2,7480 na ponta de venda dos negócios, com alta de 0,66% em relação aos últimos negócios de ontem. O mercado cambial seguirá atento às notícias argentinas e qualquer fato novo poderá provocar oscilações mais fortes nos negócios. Internamente, a notícia positiva foi de que mais um grupo estaria interessado no leilão da Copel, a Companhia Paranaense de Energia, marcado para o dia 31 deste mês. Trata-se do administrador de fundos de investimentos GP, criado por ex-sócios do banco Garantia. Os outros grupos interessados são a Vale do Rio Doce, a VCB (consórcio brasileiro formado pela Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa), e o consórcio belga Tractebel. Há a possibilidade de que estes três grupos formem um só consórcio a disputar a Copel, mas não há nada oficial sobre isso. As taxas de juros continuam a cair. A maioria dos analistas aposta em manutenção da Selic, a taxa básica de juros da economia, em 19% ao ano até o final de 2001. Diante desta possibilidade, as taxas de juros no mercado futuro, que estavam muito elevadas, começaram a recuar. Há pouco, os investidores operavam com uma taxa de 22,58% ano nos contratos com vencimento em 2 de abril de 2002, semelhantes ao DI a termo negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com queda de 0,34%. No acumulado do mês de outubro, até ontem, a alta da Bovespa é de 9,20%. O resultado positivo favoreceu o ganho dos fundos de ações neste mês. Veja mais informações no link abaixo. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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