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Mercados: instabilidade continua

Apesar de resultados menos desfavoráveis, o mercado financeiro no Brasil continua sendo levado pela instabilidade do cenário externo. O destaque da tarde é o leilão de papéis da dívida do governo argentino.

Por Agencia Estado
Atualização:

A situação internacional continua instável, mas o reflexo no mercado financeiro não é tão negativo quanto o registrado ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra leve alta de 0,02%. O dólar comercial está cotado a R$ 2,0660 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,29% em relação aos últimos negócios de ontem. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 16,580% ao ano, frente a 16,560% ao ano ontem. No mercado acionário de Nova York, o desempenho das bolsas também está um pouco melhor. A Nasdaq - bolsa dos EUA que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet - opera em alta de 1,49% e o índice Dow Jones - que mede a valorização das ações mais negociadas em Nova York - está em queda de 0,86%. São vários os fatores negativos internacionais que influenciam o mercado financeiro no Brasil. Nos EUA, a economia desacelera, provocando queda no lucro das empresas. No Japão, a crise política-financeira pode acabar respingando nos países da Ásia. Outro ponto de interrogação é a Argentina, onde o governo vai anunciar esta semana, na quinta-feira ou sexta-feira, um pacote de medidas econômicas, mas que já enfrenta forte resistência no Congresso. Esse ajuste fiscal é fundamental para o país recuperar credibilidade internacional e voltar a crescer. Hoje à tarde será promovido um leilão de papéis da dívida argentina. É o primeiro teste ao ministro da Economia do país, Ricardo López Murphy. Segundo os analistas, os investidores devem assumir posição de cautela até a reunião do banco central dos EUA (FED), no próximo dia 20, que coincide com a reunião, no Brasil, do Comitê de Política Monetária (Copom), dias 20 e 21. As incertezas são tantas no curto prazo que os analistas estão até evitando fazer previsões.

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