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Mercados instáveis ensaiam recuperação

Por Agencia Estado
Atualização:

Num dia de poucos negócios, as cotações dos mercados tiveram ligeira recuperação, em parte estimulada pela alta da Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 1,13%. O dólar fechou em R$ 1,9740, com queda de 0,35%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 18,230% ao ano, frente a 18,370% ao ano ontem. Mesmo com a alta de hoje, o resultado da Nasdaq tem sido muito fraco no ano, e ainda não se pode falar em um padrão consistente de recuperação. No ano, até ontem, a perda acumulada foi de 36,16%. O desempenho da balança comercial continua decepcionando. O déficit de novembro ficou em US$ 630 milhões, acumulando US$ 474 no ano. As previsões iniciais do governo eram de US$ 4 a 5 bilhões. Com isso, a dependência de investimentos estrangeiros para fechar a conta de transações com o exterior (incluindo-se o pagamento de juros) é grande. Eventos que indiquem queda nos fluxos internacionais afetam diretamente os mercados brasileiros. Essa é a razão do nervosismo em relação ao desaquecimento da economia norte-americana. Esperava-se uma redução lenta e suave das taxas de crescimento, mas agora teme-se uma queda mais abrupta, podendo acabar em uma recessão. Esse temor derruba a Nasdaq e afeta diretamente o humor dos mercados no Brasil. Na Argentina, porém, outra fonte de preocupações, foi aprovada a versão final do orçamento para 2001, o que mereceu elogios do Fundo Monetário Internacional (FMI). O Fundo prevê a divulgação do pacote de ajuda econômica para antes do Natal.

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