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Mercados internacionais fecham em alta após atas de bancos centrais dos EUA e Europa

Entidades monetárias reafirmaram que irão manter suas políticas econômicas acomodatícias e de juros baixos por um longo período; apenas alguns índices caíram

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Por Redação
Atualização:

Os principais índices do exterior fecharam em alta nesta quinta-feira, 8, após os bancos centrais dos Estados Unidos e também da Europa sinalizarem que vão manter suas políticas de juros baixos por um longo período.

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Ontem, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizou que pretende manter os estímulos monetários no patamar atual, além de também apoiar o uso de diferentes ferramentas para manter a economia dos Estados Unidos aquecida. No entanto, a entidade monetária demonstrou pouca preocupação com pressões inflacionárias, chamando possíveis altas no curto prazo de eventos passageiros. 

A declaração chegou a pressionar as taxas de rendimento dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), que fecharam nas máximas da sessão. A alta dos índices inflacionários dos EUA é monitorada de perto pelos investidores, pois é um importante indicador de retomada econômica. Se a economia americana vai bem, cada vez mais investidores irão migrar seus investimentos dos ativos de risco para o mercado de títulos dos EUA. Hoje, no entanto, os Treasuries operaram em queda. A taxa de rendimento do papel com vencimento em dez anos caiu 1,635%, enquanto o do papel de 30 anos cedeu 2,316%.

A Bolsa de Madri fechou em alta nesta quinta, após o cenário positivo da Europa. Foto: Esther Egea/EFE

Já nesta quinta, foi a vez do Banco Central Europeu (BCE) sinalizar em ata que vai manter sua política monetária acomodatícia por um período extenso. Para os dirigentes da autoridade monetária do continente, não há risco de superaquecimento da economia no momento, à medida que o ritmo de compras de ativos públicos pelo BCE não foi questionado pelos participantes da reunião.

Bolsas de Nova York

Em Nova York, os índices fecharam em alta, depois da volatilidade vista na sessão de ontem. O Dow Jones subiu 0,17%, enquanto o S&P 500 teve ganho de 0,42% e o Nasdaq avançou 1,03%, apoiados pelo dia tranquilo no mercado de títulos públicos dos EUA. 

No país americano, investidores monitoraram os pedidos de auxílio-desemprego, que subiram em 16 mil na semana, para 744 mil enquanto os economistas em Wall Street esperavam número menor, 694 mil. Foi a segunda semana seguida de alta. O dado refoça a visão do mercado de que o Fed está certo em manter suas medidas de estímulo por mais um longo período.

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Bolsas da Europa

O dia também foi de indicadores na Europa. A inflação ao produtor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 1,5% na comparação anual de fevereiro. Já as encomendas à indústria na Alemanha aumentaram 1,2% no mesmo mês ante janeiro. Em resposta, o índice Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, encerrou a sessão com alta de 0,58%.

A Bolsa de Londres subiu 0,83%, enquanto a de Frankfurt avançou 0,17% e a de Paris teve ganho de 0,57%. Madri e Lisboa tiveram altas de 0,47% e 0,09%, mas Milão foi na contramão e caiu 0,66%.

Bolsas da Ásia

Na Ásia, a Bolsa de Hong Kong teve ganho de 1,16%, enquanto a de Taiwan subiu 0,66% e a de Seul avançou 0,19%. Na China, o índice de Xangai teve ligeira alta de 0,08%, mas o de Shenzhen registrou baixa marginal de 0,01%. A Bolsa de Tóquio caiu 0,07%.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo quinto pregão seguido nesta quinta e avançou 1,02% em Sydney.

Petróleo

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Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta quinta sem direção única. Enquanto a pandemia de coronavírus segue pressionando os preços, por colocar em cheque a recuperação da demanda global pela commodity energética, a desvalorização do dólar ante moedas rivais durante o dia ajudou o contrato negociado em Londres a sustentar alta ao fim da sessão. 

O barril do petróleo WTI com entrega prevista para maio fechou em queda de 0,28%, cotado a US$ 59,60, enquanto o Brent para o mês seguinte avançou 0,06%, a US$ 63,20 o barril. /MAIARA SANTIAGO, GABRIEL CALDEIRA E SERGIO CALDAS