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Bolsas da Europa e da Ásia fecham em alta, mas Nova York fica sem sentido único

A alta do rendimento dos títulos públicos dos EUA voltaram a pesar nos índices de Nova York; enquanto isso, investidores esperam as decisões de política monetária do Fed e do BC do Japão

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Por Redação
Atualização:

As Bolsas da Ásia e da Europa fecharam em alta nesta terça-feira, 16, com investidores à espera das decisões de política monetária dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Japão. Além disso, indicadores positivos da economia da Alemanha também animaram as negociações. Em Nova York, no entanto, a alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano seguraram os ganhos dos índices.

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Dois grandes BCs revisam suas políticas esta semana. Amanhã, será a vez do Federal Reserve (Fed, o BC americano) e na sexta-feira, 19, do Banco do Japão (BoJ). Não há expectativa de mudanças, mas as apostas de que o BC japonês ajustará sua forma de comprar ativos no mercado, enquanto o Fed deverá apenas elevar sua previsão para o crescimento da economia dos EUA este ano, diante da recente aprovação de mais US$ 1,9 trilhão em incentivos fiscais.

Mesmo assim, a decisão do Fed é esperada pelo mercado, diante das projeções de crescimento da inflação americana. Dirigentes da entidade monetária já disseram que vão agir se for necessário, mas que, por enquanto, o quadro não deverá se concretizar. A expectativa de alta do índice inflacionário dos EUA tem feito disparar o rendimento do mercado de títulos públicos americano, cujo movimento tem desestabilizado as Bolsas ao redor do mundo, diante do risco de uma debandada de recursos.

Em Nova York, o rendimento dos títulos do Tesouro americano segurou os ganhos dos índices. Foto: Nyse via The New York Times

No final da tarde em Nova York, o vencimento do título de 10 anos, um dos mais voláteis, recuava a 1,609%. "O Fed não fará nada de importante amanhã, pois vai esperar até que o juro do título de 10 anos possa romper 2,0% e que as condições financeiras se deteriorem", afirma o analista de mercado financeiro Edward Moya, da OANDA

Enquanto isso, na Alemanha, o índice de expectativas econômicas saltou 71,2 em fevereiro para 76,6 em março. Segundo a Pantheon Macroeconomics, o dado mostrou que agentes econômicos já precificam um cenário de pandemia superada em médio prazo, apesar das lenta vacinação.

Bolsas da Ásia

A Bolsa de Tóquio subiu 0,52% hoje, enquanto a de Hong Kong avançou 0,67% e a da Coreia do Sul teve ganho de 0,70%. A Bolsa de Taiwan registrou alta de 0,39%. Na China, os índices de Xangai e Shenzhen subiram 0,78% e 1,08% cada. 

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Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul nesta terça, com ganho de 0,80%, impulsionada principalmente pelo ganho das ações de tecnologia em Sydney.

Bolsas da Europa

No velho continente, o índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, subiu 0,88%, enquanto a Bolsa de Londres teve ganho de 0,80%, Paris avançou 0,32% e Frankfurt registrou alta de 0,66%.

Milão, Madri e Lisboa tiveram ganhos de 0,50%, 0,26% e 0,36% cada.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam majoritariamente em queda, com ganho marginal no Nasdaq, ante a alta do rendimento dos títulos do Tesouro americano. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis pares, encerrou quase estável. No fechamento, o Dow Jones caiu 0,39%, o S&P 500 cedeu 0,16% e o Nasdaq subiu 0,09%.

Petróleo

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Os preços dos contratos futuros de petróleo recuaram nesta terça-feira e fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva. Investidores observaram preocupados as incertezas com relação à vacinação contra a covid-19 na Europa, que já anda a passos lentos e recentemente sofreu um novo golpe com diversos países do continente suspendendo o uso da vacina fabricada pela AstraZeneca, por possível risco de trombose. O episódio coloca em xeque a recuperação acelerada da demanda pela commodity energética em 2021.

O WTI com entrega para abril fechou em queda de 0,90%, cotado a US$ 64,80 o barril, enquanto o Brent para maio recuou 0,71%, aos US$ 68,39 o barril. /MAIARA SANTIAGO, GABRIEL CALDEIRA E ANDRÉ MARINHO

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