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Mercados internacionais fecham sem sentido único, apesar de novo pacote nos EUA

Dados econômicos abaixo do esperado nos Estados Unidos e na Europa tiraram o foco das medidas de estímulos de US$ 2 trilhões, que serão anunciadas por Joe Biden ainda hoje

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Por Redação
Atualização:

Os principais índices do exterior fecharam sem sentido único nesta quarta-feira, 31, último dia do mês de março e do primeiro trimestre, apesar do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se comprometer em anunciar ainda hoje, um novo pacote de US$ 2 trilhões, agora voltado para o setor de infraestrutura. Dados econômicos abaixo do esperado ajudaram no desempenho negativo.

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Nos Estados Unidos, o setor privado gerou 517 mil empregos em março, de acordo com pesquisa. O resultado ficou um pouco abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam 525 mil postos de trabalho.

Na zona do euro, a taxa anual de inflação ao consumidor acelerou de 0,9% em fevereiro para 1,3% em março, como se previa, segundo números preliminares divulgados hoje. Já o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 1,3% no quarto trimestre de 2020 ante o terceiro, mas encolheu 7,3% na comparação anual. A agência de estatísticas alemã informou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país subiu 0,5% em março ante fevereiro.

A Bolsa de Frankfurt fechou estável hoje, mas terminou o primeiro trimestre em alta. Foto: Reuters Staff

Nesse cenário, não animou muito o novo pacote trilionário prometido por Biden. A expectativa é  de que o plano envolva US$ 2 trilhões em projetos para obras de longo prazo em vários setores, como aeroportos, estradas, energias renováveis e banda larga, e que têm uma dimensão de política industrial, com o intuito de fortalecer as cadeias produtivas manufatureiras nos EUA, uma das mais importantes promessas de campanha do democrata. 

Bolsas da Ásia

Na Ásia, o dia foi de queda generalizada. A Bolsa de Tóquio caiu 0,86%, enquanto a de Hong Kong recuou 0,70%, a de Seul cedeu 0,28% e a de Taiwan registrou perda de 0,75%. Os índices chineses de XangaiShenzhen caíram 0,43% e 0,52% cada.

Na Oceania, a bolsa australiana contrariou o viés negativo dos mercados asiáticos e fechou em alta de 0,78%, ajudada por expectativas de que o lockdown por covid-19 decretado em Brisbane, terceira maior cidade do país, seja suspenso em breve.

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Bolsas da Europa

No velho continente, o índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da Europa, encerrou em baixa de 0,24%, enquanto a Bolsa de Londres cedeu 0,86%, a de Paris 0,34% e a de Frankfurt fechou estável. Madri teve queda de 0,18%.

Na contramão, Milão ganhou 0,05% e Lisboa teve alta de 0,81%. Apesar do dia misto, todas as Bolsas, incluindo o índice Stoxx 600, terminaram o primeiro semestre no azul.

Bolsa de Nova York

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Em Nova York, o anúncio de mais um pacote de estímulos pressionou o rendimento dos títulos do Tesouro americano, que vinham de estabilidade na parte da manhã. O rendimento do papel com vencimento para 30 anos subiu 2,409%, enquanto o do papel com vencimento para 10 anos, um dos mais disputados, subiu 1,734% no fim de tarde.

O movimento afetou o índice Dow Jones, que fechou em queda de 0,2%. No entanto, em compensação, S&P 500 e Nasdaq tiveram altas de 0,37% e 1,54% cada. 

Petróleo

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Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta, com grande atenção à reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O secretário-geral do grupo, Mohammad Barkindo, alertou que o cenário para a demanda "está rodeado de incertezas, incluindo a prevalência de variantes da covid-19; a distribuição desigual de vacinas; mais lockdowns e terceira onda em vários países; e pressões inflacionárias e respostas de bancos centrais".

O petróleo WTI com entrega prevista para maio fechou em baixa de 2,29%, cotado a US$ 59,16 o barril. Na comparação trimestral, por sua vez, houve avanço de 21,92%. O petróleo Brent para junho recuou 2,29%, a US$ 62,74 o barril, com alta de 20,54% ao final do trimestre. /MAIARA SANTIAGO, ANDRÉ MARINHO E MATHEUS ANDRADE

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