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Mercados internacionais fecham em alta de olho em indicadores econômicos

Índice que mede o desempenho da atividade industrial registrou resultados positivos nos Estados Unidos, China e também na zona do euro

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Por Redação
Atualização:

Os principais índices do exterior fecharam em alta nesta terça-feira, 1º de junho, na volta dos mercados de Nova York e Londres, que não operaram no dia anterior por conta de feriados locais. Hoje, dados das economias dos Estados Unidos, China e zona do euro foram monitorados pelo mercado.

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Na agenda de indicadores, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial dos EUA avançou de 60,5 em abril para 62,1 em maio, atingindo o maior nível desde o início da série histórica, em maio de 2007. O dado ficou acima da estimativa preliminar de maio e também da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 61,5 em ambos os casos. Leituras do PMI acima de 50 indicam expansão da atividade.

Já o índice de gerentes de compras industrial chinês aumentou levemente entre abril e maio, de 51,9 para 52 em maio, mas atingiu o maior patamar de 2021. O resultado contrastou com o PMI industrial oficial da China, que usa amostragem diferente e recuou marginalmente no mesmo período, de 51,1 para 51.

Nova York fechou mista hoje na volta do feriado do Memorial Day. Foto: Mary Altaffer/AP

No continente europeu, o índice de gerentes de compras da indústria da zona do euro subiu a 63,1 em maio, batendo recorde pelo terceiro mês consecutivo. Ainda na zona do euro, a taxa de desemprego caiu a 8% em abril, ante expectativa por analistas de manutenção em 8,1%. Por outro lado, a inflação na região atingiu 2% em maio, na comparação anual, acima da meta de quase 2% do Banco Central Europeu. Na Itália, houve contração econômica no primeiro trimestre, porém com recuo de apenas 0,1% ante os três meses anteriores, menos do que o de 0,4% previamente calculado.

Diante dos resultados, os investidores voltaram novamente a se preocupar com os próximos passos dos principais bancos centrais do mundo. O temor é que eles retirem as medidas de estímulos antes do esperado, comprometendo a recuperação de algumas das maiores economias do mundo, que apesar dos dados positivos, ainda não são instáveis.

Bolsas de Nova York

Em Nova York, os índices fecharam mistos. Dow Jones subiu 0,14%, mas S&P500 e Nasdaq cederam 0,05% e 0,09% na volta do feriado. Por lá, os investidores já aguardam, amanhã, a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que deverá trazer o posicionamento da entidade monetária sobre o avanço da inflação dos EUA.

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Bolsas da Europa

De olho nos indicadores da zona do euro, o índice Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, fechou em alta de 0,75%, enquanto a Bolsa de Londres subiu 0,82%, Paris cedeu 0,66% e Frankfurt 0,95%. As Bolsas de Milão, Madri e Lisboa subiram 0,60%, 0,45% e 0,71% cada.

Bolsas da Ásia

O clima também foi positivo também no mercado asiático. Os índices chineses de XangaiShenzhen subiram 0,26% e 0,41% cada, enquanto a Bolsa de Hong Kong se valorizou 1,08%, a de Seul avançou 0,56% e Taiwan teve ganho de 0,55%. A única exceção foi a Bolsa de Tóquio, que caiu 0,16%.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho, em baixa de 0,27%, apagando ganhos de mais cedo no fim do pregão. 

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta hoje, seguindo decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre manutenção da produção. Com os produtores reafirmando o compromisso com o atual acordo de oferta para julho, o Brent superou a barreira simbólica dos US$ 70, o que ocorre pela primeira vez desde maio de 2019. 

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Hoje, o barril do WTI para julho subiu 2,11%, a US$ 67,72, enquanto o do Brent para agosto avançou 0,93%, a US$ 70,25. A consultoria Capital Economics acredita que o preço do Brent atingirá o pico de US$ 75 e o WTI chegará a US$ 72 por barril no terceiro trimestre deste ano, já que o mercado continua deficitário. No entanto, os preços devem cair depois disso, à medida que a oferta global se recupera mais rápido do que a demanda, projeta a consultoria. /MAIARA SANTIAGO, SÉRGIO CALDAS, MATHEUS ANDRADE E GABRIEL CALDEIRA

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