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Mercados internacionais fecham em queda com divulgação de indicadores econômicos

Índice de gerentes de compras dos Estados Unidos veio acima do esperado, mas o da China decepcionou; PIB preliminar da zona do euro encolheu

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Por Redação
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Os principais índices do exterior fecharam em queda nesta sexta-feira, 30, devido aos reajustes típicos de fim de mês, mas também de olho nos indicadores de algumas das maiores economias do mundo, cujos resultados vieram abaixo do esperado. O avanço da pandemia também foi monitorado pelos investidores.

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Na agenda de indicadores, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos atingiu 72,1 em abril, no maior nível desde dezembro de 1983. O ganho em relação a março foi de 5,7 pontos. O número surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda do indicador a 65, e voltou a reforçar a visão de que a economia americana está em plena recuperação.

Já na China, dados oficiais mostraram que o PMI da indústria chinesa diminuiu de 51,9 em março para 51,1 em abril. Ainda que o resultado acima de 50 indique expansão da manufatura, analistas previam um recuo mais discreto do índice, a 51,6.

PMI dos EUA veio mais forte do que o esperado, mas não conseguiu evitar a realização de lucros em Wall Street. Foto: Mary Altaffer/AP

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro encolheu 0,6% no primeiro trimestre, na preliminar do dado, entrando em sua recessão técnica em um ano e meio. A leitura veio melhor do que a contração de 0,8% projetada por analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal. No mesmo período, o PIB da Alemanha recuou 1,7% e o da Itália, 0,4%, enquanto o de França cresceu 1,5%. O Rabobank calcula que a zona do euro retornará ao nível do pré-pandemia apenas em meados de 2022.

Sobre a pandemia, novos surtos de covid-19 na região asiática também inspiram cautela. Nas últimas semanas, a Índia vem registrando sucessivos recordes globais de novos casos diários. No Japão, as mortes pela doença ultrapassam 10 mil, em meio ao que especialistas estão descrevendo como quarta onda de infecções no país.

Bolsas de Nova York

Os índices americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam com quedas de 0,54%, 0,72% e 0,85% cada, em uma realização de lucros típica de fim de mês. O mercado de títulos do Tesouro ficou misto. O rendimento do papel com vencimento para dez anos caiu 1,626%, enquanto o de trinta anos subiu 2,302%.

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Bolsas da Europa

O índice pan-europeu Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, fechou em baixa de 0,31%. A Bolsa de Frankfurt caiu 0,12% e a de Paris cedeu 0,53%. Os índices de Milão, Madri e Lisboa caíram 0,56%, 0,09% e 0,64% cada. 

A Bolsa de Londres foi a única a ir na contramão, com alta de 0,12%. Por lá, o Barclays recuou 7,01% após divulgar um balanço do primeiro trimestre abaixo do esperado.

Bolsas da Ásia 

Na volta de um feriado nacional, o índice da Bolsa de Tóquio caiu 0,83% - ela ficará sem operar até quarta-feira (5 de maio), devido a mais feriados da chamada Semana Dourada. Taiwan também não operou devido a um feriado nacional. Já a Bolsa de Hong Kong recuou 1,97% e Seul cedeu 0,83%.

Os índices chineses de XangaiShenzhen caíram 0,81% e 0,29% cada. Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho nesta sexta e caiu 0,80%.

Petróleo

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petróleo fechou em queda nesta sexta-feira, com a valorização do dólar pesando sobre os contratos futuros da commodity energética. Negociado em dólar, o petróleo fica mais caro e, portanto, menos atraente com o avanço da divisa americana. A sessão também foi marcada pela tomada de lucros e ajustes de carteira, no último pregão de abril e seguindo ganhos recentes do óleo. 

O barril do petróleo WTI com entrega prevista para junho caiu 2,20%, a US$ 63,58, enquanto o do Brent para o mês seguinte teve queda de 1,90%, aos US$ 66,76. Na semana, entretanto, o barril do WTI para junho avançou 2,32% e o do Brent para julho subiu 1,99%. /MAIARA SANTIAGO, GABRIEL BUENO DA COSTA, GABRIEL CALDEIRA

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