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Mercados internacionais iniciam semana com nervosismo

Quedas são causadas pelo temor de alta inflacionária e desaceleração do crescimento econômico global

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados internacionais apresentam hoje um tom de elevado nervosismo estendendo as perdas acumuladas na semana passada. As bolsas de valores e os preços de commodities registram fortes quedas, causadas pelo temor de alta inflacionária e desaceleração do crescimento econômico global. O movimento de aversão ao risco volta a pressionar os ativos de vários países emergentes. A Bolsa de Mumbai, na Índia, teve seus negócios suspensos após o índice Sensex ter caído mais de 10% e fechou com desvalorização de 3,7%. Várias moedas de países emergentes também sofreram renovada pressão. As bolsas asiáticas, após operarem em alta na maior parte de seus pregões desta segunda-feira, encerraram o dia com acentuadas quedas. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, caiu 297,58 pontos (1,8%) e fechou em 15.857,87 pontos, o menor nível desde março. O índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, fechou em baixa de 3,11% e o índice Kospi, da Bolsa Coréia do Sul, declinou 2,46%. Na Malásia, o índice composto da bolsa de Kuala Lumpur fechou em queda de 2%. A Bolsa de Cingapura terminou com desvalorização de 3,10% e a Bolsa de Taiwan recuou 1,92%. As principais bolsas européias abriram seus pregões registrando fortes quedas, em torno de 1,5%, atingindo seus menores níveis dos últimos quatro meses. Ao longo da última hora essas perdas foram reduzidas, mas ainda oscilam em torno do 1%. Os mercados acionários dos países da Europa emergente também operam no terreno negativo. Às 7h43 (de Brasília), o índice FT-100, de Londres, caía 0,58%; o índice CAC-40, de Paris, registrava baixa de 0,86%; e o Xetra-DAX, de Frankfurt, cedia 0,82%. As ações de empresas mineradoras estavam entre as mais afetadas pelo movimento de venda. As ações da Antofagasta perderam mais de 7% mais cedo e das Xstrada operaram em queda superior a 6%. O preço do cobre registrou perda de 3,3% nesta manhã e o do ouro declinou 2%. O preço do barril de petróleo também opera em queda, tendo atingido seu nível mais baixo dos últimos quatro meses. O barril de petróleo com contrato de entrega para junho negociado no pregão eletrônico de Nova York caiu 0,7% nesta manhã, sendo negociado a US$ 68,05 o barril. "Os mercados acionário e de commodities estão sendo assolados pelos temores de inflação, alta de juros e desaquecimento econômico nos Estados Unidos e outros países ricos", disse um estrategista da City londrina. As ações da companhia francesa Total operaram em queda de 1,4% e da Royal Dutch Shell caíram 1,4%.

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