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Mercados: investidores aguardam alta da Selic

As apostas dos analistas dividem-se entre uma alta de 0,5 e 1 ponto porcentual na taxa Selic. Uma elevação muito superior pode provocar nervosismo no mercado financeiro. A decisão do Copom será divulgada após o fechamento dos negócios.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro começa o dia sem a instabilidade apresentada no início da semana. Isso não quer dizer que os focos de tensão para os investidores foram dissipados, ou seja, eles permanecem atentos à crise na Argentina, aos efeitos do problema de racionamento de energia no Brasil, e às incertezas em relação ao processo eleitoral em 2002. Hoje, especificamente, os investidores aguardam pela definição do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre uma possível alta da taxa básica de juros (Selic). Muitos analistas apostam em uma alta entre 0,5 e 1 ponto porcentual - hoje a taxa está em 16,75% ao ano. Mas há quem não descarte um aumento muito superior para que se evite uma alta descontrolada da inflação, que vem sendo pressionada pela escalada do dólar. A moeda norte-americana registra forte alta desde o início do ano, em função das perspectivas negativas em relação às crises de energia e argentina. Como não há uma solução para estas questões no curto prazo, os investidores aumentam a procura por dólares como forma de proteção (hedge). A inflação é pressionada pela alta do dólar, pois há um aumento dos produtos e insumos importados, além dos produtos exportáveis. Os analistas começam a postar que a meta de inflação pode ser ultrapassada. Neste ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - usado como meta de inflação - está acumulado em 2,42% até maio. A meta é de 4% com possibilidade de alta ou baixa de dois pontos porcentuais. Veja a abertura do mercacado. O dólar abriu com leve alta, mas recuou, principalmente após o anúncio de que o Banco Central (BC) vai fazer novo leilão de títulos cambiais, ampliando a oferta de moeda estrangeira aos investidores. Há pouco, o dólar comercial estava cotado a R$ 2,4730 na ponta de venda dos negócios - queda de 0,24% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com alta de 0,74%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 22,700% ao ano, frente a 22,950% ao ano ontem. Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - está em alta de 0,28%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - opera com baixa de 0,06%. Na Argentina, o índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires está em alta de 0,51%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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