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Mercados mais calmos corrigem cotações

Apesar da tensão dos últimos dias, hoje o ambiente foi de maior tranqüilidade, e os mercados corrigiram as cotações, que atingiram níveis extremos. Os resultados foram favorecidos pelo possível anúncio de expansão na produção de petróleo.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de dias de muita especulação em função das dificuldades da Argentina, que levou a uma corrida por dólares, com conseqüente alta, além de quedas na Bolsa e alta nos juros, os mercados hoje estavam mais calmos, corrigindo as cotações. Parte do problema foi que exatamente no momento em que houve maior intranqüilidade, e, portanto, maior procura por hedge (proteção através de investimentos de menor risco), o Banco Central decidiu leiloar títulos cambiais (corrigidos pelo dólar) com prazos mais longos e juros menores. O resultado foi que os investidores não compraram os títulos e migraram para o mercado de câmbio, levando as cotações a R$ 1,94. Mas a captação, pelo governo argentino, de um empréstimo de R$ 1,2 bilhões junto a bancos locais e internacionais afastou a perspectiva de um colapso. O Merril Lynch, que havia divulgado um relatório pessimista sobre a Argentina hoje reviu suas posições e traçou um diagnóstico mais positivo. E, no Brasil, foi realizado um leilão, ontem, de títulos cambiais em condições mais aceitáveis para o mercado. Outro leilão foi marcado para a semana que vem. A Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) divulgou, como esperava o mercado, que como hoje foi o vigésimo dia em que a cesta de produtos dos países-membros ficou acima do limite de US$ 28, será aumentada a produção de petróleo a partir da zero hora de segunda-feira. Ainda não se sabe qual a quantia, mas a regra define que seja de 500 mil barris diários. Os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em dezembro fecharam em queda de 1,01% em Londres, a US$ 30,95 por barril. Nos Estados Unidos todas as empresas já divulgaram seus balanços trimestrais. Com isso, espera-se que as oscilações nas bolsas sejam mais moderadas a partir de agora. A dúvida, agora, é em que velocidade os preços do petróleo cairão e o que o governo fará com as taxas de juros, uma vez que a economia norte-americana está crescendo em ritmo menor. O FED - banco central dos EUA - julgava que a economia estivesse acelerada, elevando os juros. Resta saber se o patamar atingido é o desejado ou se o governo ainda pretende redução menor nas taxas de crescimento. O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 2,03%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 0,08%. Mercados corrigem cotações Num ambiente de maior tranqülidade, as cotações dos mercados recuaram. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 3,29%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 17,790% ao ano, frente a 18360% ao ano ontem. O dólar fechou em R$ 1,9170, com queda de 0,98%.

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