PUBLICIDADE

Mercados mais calmos esperam Copom

O cenário geral ainda é tenso e instável, mas as intervenções do Banco Central no mercado de câmbio e a indicação de Cavallo para o Ministério da Economia argentino trouxeram alguma calma aos negócios. Para hoje, espera-se a manutenção da Selic em 15,25% ao ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados estiveram um pouco mais calmos ontem, o que, aliás, não significa muita coisa, já que o nível de tensão era muito elevado e a situação ainda é muito instável. Ontem os investidores deram uma trégua ao novo ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, que parece ser o nome com maior credibilidade no país para o cargo. Ninguém subestima, porém, o tamanho da tarefa e a expectativa agora é em relação às medidas que ele tomará para lidar com a frágil situação econômica do país, que está em recessão há mais de 30 meses e não consegue cumprir as metas com os credores internacionais. No Brasil, o Banco Central voltou a vender títulos cambiais, segurando as cotações do dólar. Como a notícia da substituição do ministro da Economia argentino agradou, os mercados tiveram uma pequena recuperação depois das fortes baixas dos últimos dias. Mesmo assim, as quedas nas bolsas em Nova York seguraram o otimismo. O Fed - Banco Central norte-americano - reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual para 5% ao ano, o que decepcionou os mercados. Muitos esperavam um corte de 0,75 ponto porcentual, e a reação dos mercados nos EUA foi bastante pessimista. Hoje após o fechamento dos mercados, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciará o resultado da sua reunião deste mês. A expectativa dos analistas ouvidos pela Agência Estado é que a Selic - a taxa básica referencial da economia - permanecerá nos atuais 15,25% ao ano. Frente aos problemas na Argentina e a instabilidade nos mercados norte-americanos por causa da desaceleração econômica do país, há pouco espaço para queda dos juros no Brasil. Mas a boa receptividade do mercado ministro Cavallo também permite que não se eleve a Selic.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.