PUBLICIDADE

Mercados mantêm apreensão e cautela

Cenário externo ainda é muito instável, em função dos Estados Unidos e Argentina. Internamente, investidores ficam atentos à formação da CPI. A Bolsa opera em baixa. Dólar e juros em alta.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de uma sexta-feira de fortes oscilações nos mercados financeiros, a expectativa dos analistas é que o clima de incerteza e cautela por parte dos investidores ainda continue presente nas operações. O cenário externo, apesar de um pouco mais calmo, ainda gera apreensão. Nos Estados Unidos, a Associação Nacional dos Gerentes de Compras dos EUA (NAPM) acaba de divulgar o índice nacional de atividade industrial em março. O resultado ficou em 43,1. Economistas ouvidos em pesquisa Dow Jones estavam prevendo que o índice ficasse em 42,3. Em fevereiro ficou em 41,9. O número é mais um indicador do ritmo do desaquecimento norte-americano, um dos principais pontos de apreensão no cenário externo. Em relação à Argentina, os investidores deram uma trégua para que o ministro da Economia, Domingo Cavallo, coloque em prática medidas que recuperem o crescimento econômico do país. Nessa semana, o governo argentino fará contatos em representantes de setores produtivos, oferecendo reduções de impostos e de encargos patronais. Além disso, vai oferecer condições mais favoráveis para o financiamento de suas dívidas. Tais medidas devem reduzir em 20% os custos dos empresários. Em troca desses benefícios, as empresas aumentariam produção e postos de trabalho. Cenário brasileiro A tentativa de formação de uma CPI para averiguação de suspeitas de corrupção no governo está praticamente afastada. Na Câmara, os líderes governistas continuam coletando assinaturas em um manifesto contra a instalação da CPI. No Senado, continua a vigilância para impedir que a oposição obtenha mais duas adesões à CPI, completando as 27 assinaturas necessárias para sua instalação. Abertura do mercado financeiro A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda de 0,66%. O dólar comercial está cotado a R$ 2,1550 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,09% em relação às últimas operações de sexta-feira. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 20,200% ao ano, frente a 19,800% ao ano registrados na sexta-feira.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.