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Mercados mantêm cautela com crise política

O rompimento do PFL com o governo Fernando Henrique Cardoso já é dado como certo. É aguardado apenas o anúncio oficial, após a reunião da Executiva Nacional do partido. A crise política traz cautela aos mercados.

Por Agencia Estado
Atualização:

O cenário político deve novamente comprometer o humor do mercado financeiro nesta quinta-feira. A expectativa pelo anúncio do rompimento do PFL com o governo e as dúvidas sobre as conseqüências desse fato mantêm o mercado apreensivo e, assim, cai a bolsa e sobem o dólar e os juros. Operadores reafirmam que, por ora, não surgiu nada que mude a perspectiva para a política monetária. Ao contrário, as pesquisas de inflação divulgadas esta semana vieram dentro das previsões e confirmando o ritmo, ainda que lento, de queda dos índices. Mas, de todo modo, a crise política deixa o mercado apreensivo em relação à capacidade do governo de aprovar questões importantes no Congresso como, por exemplo, a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2004 e isenção do imposto sobre as operações realizadas no mercado acionário. Apesar de o destaque ser, sem dúvida, o cenário político brasileiro, acontecimentos internacionais também chamarão a atenção dos analistas. Entre eles está o depoimento do presidente do Fed, Alan Greenspan, sobre a situação da economia dos EUA no Comitê de Bancos do Senado daquele país, em Washington. O pronunciamento está marcado para as 15 horas. Números do mercado Há pouco, o dólar comercial para venda estava cotado em R$ 2,3630, com queda de 0,21%. No mercado de juros, os contratos de DI futuro, com vencimento em outubro, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) pagam juros de 18,230% ao ano frente a 18,270% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operava em alta de 1,15%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - estava em alta de 0,21% e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - operava em alta de 0,60%.

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