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Mercados mantêm incertezas sobre Argentina

A queda na arrecadação fiscal da Argentina foi menor do que o esperado pelos analistas - de 3,4% na comparação com agosto do ano passado. Mas as incertezas permanecem. Os conflitos políticos e sociais são esperados.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os negócios no mercado financeiro foram encerrados ontem antes da divulgação da arrecadação fiscal argentina referente ao mês de agosto: aumento de 5,5% em relação a julho e queda de 3,4% na comparação com agosto do ano passado. A redução na arrecadação dos impostos já era esperada pelos analistas, mas a diminuição foi menor do que o previsto - entre 4% e 6%. O resultado saiu por volta das 19h30 e, segundo apurou a correspondente Marina Guimarães, foi anunciado em tom de entusiasmo pelo ministro da Economia, Domingo Cavallo. Já a reação dos investidores só será conhecida hoje na abertura dos negócios, mas é certo que o preço dos ativos, em parte, já embutia um resultado próximo deste. As incertezas em relação ao risco político do país ainda dominam as análises a respeito das condições da Argentina. Isso porque, com a proximidade das eleições parlamentares, em 14 de outubro, é cada vez mais difícil a aprovação de medidas impopulares - corte de gastos e redução de salários. Por outro lado, o governo central precisa destas medidas para chegar ao déficit zero, uma das exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a liberação do pacote de ajuda de US$ 8 bilhões. Cavallo também afirmou ontem que não sabe se o acordo de co-participação - que prevê um repasse mensal de US$ 1,362 para as províncias - será cumprido. Esta decisão, segundo ele, vai depender da análise dos técnicos a respeito da arrecadação de impostos. Neste caso, a medida pode contribuir para o cumprimento do déficit zero, mas, por outro lado, pode gerar conflitos sociais - outro risco apresentado pela Argentina neste momento, segundo os analistas. Volume de negócios deve permanecer baixo O feriado norte-americano esvaziou os mercados no Brasil ontem. Com o feriado interno na sexta-feira - Dia da Independência -, a expectativa é de que a semana mantenha o ritmo desacelerado. Nesta segunda-feira, segundo apurou a editora Márcia Pinheiro, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o dia com o terceiro menor volume do ano. A Bovespa não movimentava tão pouco desde 28 de maio, quando o giro foi de R$ 254 milhões. No mercado de câmbio, o dia deve ter um pouco mais de agitação com o leilão de dois lotes de papéis cambiais. No maior deles, será ofertado pelo Tesouro Nacional 1,3 milhão de títulos, com vencimento em 7 de agosto de 2002. Em outro, o total será de 500 mil títulos com vencimento em 13 de outubro de 2004. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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