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Mercados não demonstram tendência definida

Analistas estão divididos sobre a tendência nos mercados hoje. Há quem acredite que os focos negativos de influência foram pontuais ontem e o pessimismo não deveria se repetir. Opiniões contrárias dizem que o otimismo chegou ao fim e agora é preciso aguardar por fatos reais em relação ao próximo governo.

Por Agencia Estado
Atualização:

Um clima pessimista voltou a tomar conta dos mercados ontem e os analistas dividem-se sobre as perspectivas para os negócios nessa quinta-feira. De um lado, há quem acredite que os focos negativos de influência para os negócios foram pontuais e não haveria motivo para que os investidores reiniciassem os negócios em clima de instabilidade hoje. Por outro lado, existem opiniões contrárias em que a idéia principal é que o otimismo iniciado logo após a definição da sucessão presidencial chegou ao fim e agora os investidores esperam por fatos reais em relação ao próximo governo. O fato é que, a médio prazo, os investidores continuam aguardando a definição da equipe econômica do governo PT e, principalmente, as diretrizes da política econômica a ser seguida a partir do próximo ano. Vários nomes da equipe de transição já foram anunciados, mas ainda não é possível ter uma idéia do cenário em 2003. O primeiro entrave nesse sentido deve acontecer ainda nesse ano, quando será aprovado o Orçamento para 2003. No cenário externo, continua preocupante a possibilidade de um conflito entre os Estados Unidos e o Iraque. O presidente norte-americano, George W. Bush, vem conseguindo poder para tomar decisões sobre essa questão e, na próxima semana, já será possível ter uma idéia de qual será a amplitude do apoio que terá junto aos governadores eleitos. Fechamento dos mercados ontem O dólar comercial fechou na cotação máxima do dia, em R$ 3,6550 na ponta de venda dos negócios, registrando uma alta de 3,69%. Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a atingir a mínima de R$ 3,5680. No acumulado do ano, a alta do dólar é de 57,82%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,61% em 9702 pontos. O volume de negócios ficou um pouco acima de R$ 499 milhões. As taxas de juros futuros permaneceram estáveis. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), tanto os contratos com vencimento em janeiro quanto nos de vencimento em julho, os juros ficaram no mesmo patamar registrado ontem. Foram de 23,050% ao ano e 28,200% ao ano, respectivamente. Nos Estados Unidos, o Banco Central (FED) reduziu a taxa de juros em 0,5 ponto porcentual - de 1,75% ao ano para 1,25% ao ano. Em comunicado divulgado ao final da reunião, o Comitê informou que continua acreditando em um crescimento da produtividade no país, mas, com a redução dos juros, acredita estar dando um "apoio importante à atividade econômica". As bolsas fecharam em alta. O Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - encerrou em alta de 1,07%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - encerrou com alta de 1,27%. O euro foi negociado a US$ 1,0026, o patamar mais elevado desde 26 de julho. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 0,58%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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