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Mercados: negócios minguam no fim do ano

Por Agencia Estado
Atualização:

Ontem a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) girou apenas R$ 285 milhões, o menor volume de negócios desde 1º de novembro de 1999, um meio-feriado de véspera de finados. Os demais mercados acompanharam a tendência. A grande esperança por alguma agitação até o fim do ano é o leilão de privatização da Cesp Paraná, marcado para quarta-feira. Todos os concorrentes são estrangeiros e o preço mínimo está fixado em R$ 1,7 bilhões, o que promete uma boa entrada de dólares. Mas os fatores externos, que derrubaram os mercados neste segundo semestre, continuam trazendo pessimismo. Os fracos resultados da balança comercial, que não conseguiu sequer apresentar superávit, tornam o País sensível às incertezas no exterior. Qualquer notícia que possa comprometer o fluxo de divisas para o Brasil afeta os mercados, seja a respeito de receita de exportações (possibilidade de recessão nos EUA) ou despesa de importações (continuidade dos altos preços do petróleo), como de entrada de investimentos estrangeiros (crises em outros países emergentes, como Argentina e Turquia). Todos esses fatores permanecem indefinidos. Na Argentina, o ministro Machinea anunciou que se o Senado aprovar o Orçamento de 2001 até quinta-feira, o pacote multilateral de ajuda financeira liderado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) sai na segunda-feira. Na Turquia, os mercados reagem com pânico à crise financeira, mesmo com a presença de uma missão do Fundo no país. E nos Estados Unidos, a sucessão presidencial parece estar próxima do desfecho, após 28 dias de indefinição. Mas os piores temores envolvem a suspeita de uma desaceleração excessivamente forte da economia norte-americana. Hoje, o presidente do FED - o banco central dos EUA -, Alan Greenspan, discursa e na sexta-feira saem os dados sobre o desemprego em novembro. Os mercados estarão atentos.

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