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Mercados: negócios refletem clima de cautela

O problema de falta de energia no Brasil é foco de grande incertezas para os investidores. A Argentina, apesar do swap confirmado ontem, ainda é motivo de instabilidade, já que os problemas não foram resolvidos.

Por Agencia Estado
Atualização:

Atentos às conseqüências que o problema de escassez de energia provocará no Brasil e aos próximos passos para a política econômica argentina depois da operação de troca (swap) de títulos da dívida de curto prazo por papéis com vencimento mais longo, os investidores começam o dia em clima de cautela. O dólar comercial voltou a abrir os negócios em alta. Há pouco estava cotado a R$ 2,3910 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,38% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores (Bovespa) opera com leve alta de 0,24%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 21,798% ao ano, frente a 21,880% ao ano registrados ontem. Ontem, em cadeia nacional de rádio e televisão, o presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou mudanças no plano de racionamento de energia. De acordo com suas declarações, a principal alteração foi a queda na cobrança de sobretaxa para quem não cumprir a meta de redução de consumo de 20% sobre a média de energia gasta nos meses de maio, junho e julho do ano passado (veja mais informações no link abaixo). Novas medidas não afastam problemas As medidas, segundo os analistas, podem provocar uma melhora na imagem do governo perante a população, mas não afasta o problema em relação ao crescimento econômico do Brasil. De acordo com apuração dos repórteres Sérgio Lamucci e Rita Tavares do jornal O Estado de S. Paulo , vários bancos já estão revisando suas perspectivas de crescimento para o País, em função da escassez de energia. Exemplo disso é o banco JP Morgan, que reduziu sua estimativa para o PIB em 2001 de 3,5% para 2,5%. Segundo especialistas da instituição, esse cenário deve provocar uma redução dos investimentos diretos para o País de US$ 21 bilhões para US$ 16 bilhões. Esse quadro é favorável a uma manutenção do dólar em patamares elevados, já que há uma diminuição do volume de moeda norte-americana disponível no mercado. Os analistas do JP Morgan acreditam que o dólar deve estar em R$ 2,40 no final do ano. Outro fator que mantém o dólar em patamares elevados é uma possível redução no volume de exportação provocada pela diminuição da atividade econômica em função do racionamento de energia. Isso também diminui a oferta de moeda norte-americana no mercado interno, pressionando para cima as cotações do dólar. Situação argentina ainda é desfavorável Além dos problemas internos, que provocam um aumento da procura por dólares como forma de segurança (hedge), as incertezas em relação à Argentina continuam e não abrem espaço para uma recuperação dos negócios. Passado a efetivação do swap argentino, os investidores concentram suas atenções aos próximos passos para a retomada do crescimento econômico e equilíbrio das contas fiscais do país vizinho. Veja mais informações no link abaixo. Investimentos Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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