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Mercados operam com forte oscilação

O dólar voltar a subir durante a manhã e o BC realizou um novo leilão de títulos cambiais. As cotações recuaram. Na Bolsa também os negócios inverteram a tendência e passaram a operar em baixa, assim como as bolsas de Nova York.

Por Agencia Estado
Atualização:

O clima de incertezas permanece no mercado financeiro, provocando oscilações nas taxas de câmbio, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e nas taxas de juros. Nos Estados Unidos, as bolsas também apresentaram comportamento instável durante a manhã, pressionadas pela queda acima do esperado do índice de confiança do consumidor norte-americano referente a setembro (veja mais informações no link abaixo). O índice caiu de 114,3 verificado em agosto para 97,6 em setembro. Segundo pesquisa realizada pela Conference Board, trata-se do menor índice de confiança desde outubro de 1990, durante a guerra do Iraque. O pessimismo dos consumidores com o futuro da economia dos EUA reflete o choque com os atentados terroristas do dia 11, que deflagrou um processo de demissões em massa no setor de aviação civil e levou empresas de outros setores a estimarem resultados menores para o terceiro trimestre. Na opinião do economista para Estados Unidos do Banco ABN-Amro, Steven Ricchiuto, a forte queda do índice de confiança do consumidor indica que a economia norte-americana está caminhando para uma recessão. Em entrevista ao correspondente em Nova York, Fábio Alves, Ricchiuto disse que essa queda de confiança é consistente com os impactos esperados dos atentados terroristas. Ele espera nova queda de confiança do consumidor no mês de outubro. Oscilações nos mercados O dólar comercial chegou a ser cotado a R$ 2,7360 no patamar máximo do dia. Durante a manhã, o Banco Central realizou mais um leilão de NBC-e (títulos cambiais), no volume de 500 mil papéis com vencimento em 8 de maio de 2002. Este é o nono leilão desde a última sexta-feira. Às 15h, o dólar era vendido a R$ 2,7100, com baixa de 0,37% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com queda de 2,41%. Em Nova York, logo após a divulgação da queda do índice de confiança do consumidor, as bolsas permaneciam em alta. Porém, não sustentaram a valorização e, há pouco, o índice Dow Jones - que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - estava em queda de 0,98%. Já a Nasdaq - bolsa que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet - operava com baixa de 1,08%. As taxas de juros cederam um pouco depois da forte alta que registraram ontem. No início da tarde, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 24,750% ao ano, frente a 25,200% ao ano ontem. O comportamento de alta verificado nesta segunda-feira, segundo os analistas, é resultado da alta do compulsório dos depósitos a prazo para 10%. Com a redução do volume de recursos dos bancos para empréstimos, os juros para o consumidor podem subir. Segundo informou a editora Adriana Fernandes, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, reconheceu há pouco que esta possibilidade deve ser considerada.

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