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Mercados operam com muitas incertezas

Apesar de esperado por analistas, o ataque dos norte-americanos reforça o clima de incertezas no mercado financeiro. Não se sabe quanto tempo os conflitos devem durar e nem o impacto na economia mundial. Õ BC atuou por duas vezes durante a manhã para conter a escalada das cotações.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro continua cheio de incertezas. Embora o ataque dos EUA ao Afeganistão fosse esperado pelos investidores, ninguém sabe como esse conflito vai terminar; quanto tempo vai durar; até que ponto as economias serão atingidas e como vai se comportar o preço do petróleo. O início da guerra reavivou o medo de novos ataques terroristas aos EUA ou a países aliados, o que poderia trazer mais incertezas aos mercados. Os EUA informaram ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) esta manhã que os ataques podem ir além do Afeganistão. Um trecho da carta enviada a ONU, diz o seguinte: "achamos que nossas propostas de auto-defesa acarretem mais ações em relação a outras organizações e outros estados", sem, no entanto, mencionar o Iraque ou qualquer outro país. Segundo analistas, a duração desse conflito poderá definir o cenário. A avaliação é de que se a situação se desenrolar rapidamente, como ocorreu na Guerra do Golfo, a recuperação será mais rápida. No entanto, se o conflito se arrastar por mais de 60 dias, os analistas acreditam que a desaceleração econômica nos EUA tende a se agravar com forte efeito negativo para as economias emergentes, entre as quais o Brasil. Argentina Apesar de ser feriado na Argentina, há forte expectativa com o pacote de medidas econômicas que está sendo preparado pelo governo. As atenções estão voltados para o almoço que acontece no Palácio da Alvorado entre os presidentes Fernando de La Rúa e Fernando Henrique Cardoso, acompanhados de seus respectivos ministros da área econômica, Domingo Cavallo e Pedro Malan. Uma parte do mercado acredita que este pacote só deverá ser anunciado depois das eleições legislativas, marcados para o dia 14, domingo próximo. Há, no entanto, quem aposte num anúncio das medidas amanhã. De qualquer forma, a confiança dos investidores em relação ao país vizinho não deve ser retomada tão facilmente. Veja os números do mercado No Brasil, o dólar começou o dia em alta e, para conter a escalada das cotações, o Tesouro Nacional realizou dois leilões de NTN-D (títulos cambiais). No total foi ofertado 1,5 milhão de papéis com vencimento em 19 de junho de 2002. O BC, que vende os papéis do Tesouro, conseguiu impedir que a alta da abertura se consolidasse. Às 15h10, a cotação estava em R$ 2,7700 na ponta de venda dos negócios, com queda de 0,29% em relação aos últimos negócios de sexta-feira. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 24,630% ao ano, frente a 24,450% ao ano registrados na sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com queda de 0,95%. Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - está em baixa de 0,73%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - opera com leve queda de 0,19%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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