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Mercados operam sem tendência definida

A falta de fatos novos não permite que os negócios no mercado financeiro tomem uma tendência definida. Os sinais da economia norte-americana e a crise argentina ainda trazem incertezas. No Brasil, o dólar está em leve alta e a Bovespa recua.

Por Agencia Estado
Atualização:

Não há fatos novos no cenário e o mercado continua operando atento aos sinais sobre a atividade econômica norte-americana e à crise na Argentina. O dólar comercial está cotado a R$ 2,4150 na ponta de venda dos negócios, em leve alta de 0,04%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra queda de 1,03%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano -pagam juros de 19,355% ao ano, frente a 19,385% ao ano ontem. Em Nova York, os investidores passaram a manhã tentando interpretar os indicadores divulgados. Alguns vieram acima das expectativas enquanto outros ficaram abaixo do consenso de mercado. Isso fez com que as bolsas não definissem uma trajetória consistente. Por volta das 15h, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - estava em queda de 0,26%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - registrava queda de 1,00%. O dado positivo foi a queda da taxa de desemprego em janeiro para 5,6%, pela primeira vez desde maio do ano passado. O número reforça os sinais de aceleração da economia, ao mesmo tempo em que aumentou a preocupação de que o Banco Central dos Estados Unidos (Fed), depois de onze cortes seguidos no juro, volte a elevar a taxa em breve. O número de novas vagas criadas, no entanto, caiu 89 mil em janeiro, superando a previsão dos analistas, que apostavam numa retração de 30 mil vagas. O índice de confiança do consumidor norte-americano de janeiro, pesquisado pela Universidade de Michigan, veio abaixo do esperado. Subiu de 88,8 em dezembro para 93,0 em janeiro. A expectativa era de alta para 94,2. O índice de atividade industrial (NAPM) de janeiro também desapontou os investidores. Subiu para 49,9, quando o esperado era alta de 50,0. Argentina A alta do câmbio na Argentina, que voltou a subir esta manhã para 2,10 pesos, despertou mais uma vez a curiosidade do mercado em relação aos acontecimentos no país vizinho, mas não teve impacto nas mesas de negócios brasileiras. Hoje pela manhã houve uma corrida ao dólar em Buenos Aires, o que levou alguns bancos como Nación e Provincia a limitarem a venda da moeda norte-americana em US$ 300 por cliente. Essa demanda maior por dólar está sendo causada pelas notícias de que o governo vai adotar a livre flutuação a partir da semana que vem. O presidente Eduardo Duhalde anunciará, hoje à noite, novas medidas econômicas que serão detalhadas amanhã pelo ministro de Economia, Jorge Remes Lenicov. Há pouco, o índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires estava em alta de 0,53%.

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