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Mercados otimistas derrubam juros

Os investidores brasileiros estão apostando fortemente numa queda da Selic, e vêm atuando com otimismo no mercado. Ontem, até investidores estrangeiros participaram no forte volume de negócios da Bolsa.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados ontem ignoraram os receios de desaceleração econômica excessiva nos Estados Unidos e apostaram no bom cenário da economia brasileira, de crescimento econômico com inflação em queda. Desde dezembro, a tendência observada tem sido de queda nos juros e alta na Bolsa, com o dólar caindo ligeiramente. A evolução tem ocorrido com poucas oscilações bruscas, mas de forma consistente. Talvez seja essa a justificativa para o alto volume de negócios ontem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) - de R$ 940 milhões, com a participação de investidores estrangeiros, o que não se via há muito -; e ainda mais para as apostas firmes na queda da Selic, a taxa básica referencial da economia, atualmente em 15,75% ao ano. Nos dias 16 e 17, o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza sua reunião mensal para avaliar a situação econômica do País e definir o valor da Selic. Na reunião de dezembro, já houve um corte de 0,75 ponto porcentual e uma nova redução teria impacto significativo na economia e nos mercados. Os analistas prevêem uma redução entre 0,25 e 0,75 ponto porcentual e os movimentos dos últimos dias têm reforçado as apostas numa queda maior dentro desses limites. Otimismo, sim, mas sem esquecer os Estados Unidos É verdade que ontem a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em alta, mas mesmo os resultados negativos de dias anteriores não afetaram o otimismo nos mercados brasileiros. De qualquer forma, ainda existe apreensão em função da desaceleração norte-americana, que pode abalar fortemente os mercados nos Estados Unidos, o que certamente afetaria o otimismo aqui. Especialmente a partir dessa semana as oscilações em Nova York podem aumentar, pois as empresas norte-americanas começam a divulgar os balanços do quarto trimestre de 2000. Mesmo que esteja ocorrendo uma redução suave e controlada das taxas de crescimento da economia dos EUA, a tendência é que os resultados das companhias reflitam essa queda, ficando abaixo do esperado. Com isso, caem os valores das suas ações. Hoje divulgam seus balanços a Motorola e a Yahoo!.

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