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Mercados: reação pessimista ao cenário externo

As bolsas de Nova York voltam a cair e prejudicam uma reação positiva dos mercados no Brasil. A preocupação dos investidores é o ritmo da desaceleração da economia norte-americana.

Por Agencia Estado
Atualização:

O corte de 0,5 ponto porcentual na taxa de juros nos Estados Unidos, reduzindo o patamar de 6,5% ao ano para 6% ao ano, anunciado pelo banco central norte-americano na quarta-feira, não foi suficiente para diminuir a preocupação dos investidores em relação às perspectivas de uma possível recessão nos Estados Unidos. Os números sobre o desemprego no país - que saíram muito próximo do esperado - não animaram os analistas. A taxa de desemprego ficou em 4,0% em dezembro, quando a previsão era de 4,1%. Outro destaque do relatório foi a média de horas trabalhadas por semana, que caiu 0,2 hora para 34,1 horas - o menor nível desde janeiro de 1996. A retração implica queda de 0,3% na produção industrial em dezembro. Com tanto pessimismo, as Bolsas norte-americanas voltaram a cair. O índice Dow Jones - que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - opera em baixa de 1,99%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - registra queda de 4,76%. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está em baixa de 1,72%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 16,370% ao ano, frente a 16,350% ao ano ontem. O dólar comercial está cotado a R$ 1,9550 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,57% em relação aos últimos negócios de ontem. O mês de janeiro promete ser de baixas nas bolsas, principalmente em função de anúncios negativos sobre os resultados de empresas nos Estados Unidos, onde o setor de tecnologia e Internet deve ser o mais frustrante. Exemplo disso é a Next Level - fabricante de equipamentos para Internet. Representantes da empresas afirmaram hoje durante a manhã que as perdas referentes ao último trimestre de 2000 superarão as estimativas, por causa de retração nos pedidos por seu maior cliente, a Qwest Communications, e nas vendas na Coréia do Sul.

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