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Mercados: reação positiva ao corte de juros

Uma redução de 0,75 ponto porcentual na taxa Selic pode deixar os investidores mais otimistas no início dessa manhã. Porém, o desempenho do mercado acionário nos Estados Unidos pode influenciar a Bolsa no Brasil.

Por Agencia Estado
Atualização:

A redução da taxa básica de juros - Selic - em 0,75 ponto porcentual surpreendeu alguns analistas que acreditavam em queda de 0,5 ponto. Porém, a atitude mais ousada do Comitê de Política Monetária (Copom) deve ser bem recebida no mercado financeiro. Há várias reuniões, o Comitê vinha justificando a estabilidade dos juros nesse patamar em função de instabilidade no cenário externo. A significativa melhora da situação internacional - início de tendência de baixa para juros nos EUA, queda do preço do petróleo e liberação de recursos à Argentina - abriu espaço para uma postura mais agressiva do Comitê. A reação positiva dos investidores já pôde ser notado nos primeiros negócios da manhã. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta de 0,70% e há pouco registrava valorização de 1,61%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - começam o dia pagando juros de 16,960% ao ano, frente a 17,190% ao ano registrados ontem. O dólar comercial está cotado a R$ 1,9600 na ponta de venda dos negócios - queda de 0,05% em relação aos últimos negócios de ontem. Apesar da reação positiva nos mercados, a Bolsa pode ser influenciada ao longo do dia pelo desempenho da Nasdaq - bolsa dos Estados Unidos que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet. Ontem, com a forte baixa de bolsa eletrônica (7,12%), a Bovespa não conseguiu reagir e fechou em queda de 4,66%. As ações da Nasdaq vêm caindo há vários dias com a reversão da expectativa de grandes lucros dessas empresas e a possibilidade de desaceleração forte da economia norte-americana. Hoje os investidores estarão atentos à divulgação da estimativa final do PIB no terceiro trimestre e ao número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana até 16 de dezembro. Os números são mais um indicativo do ritmo de desaceleração da economia norte-americana.

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