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Mercados: reações negativas ao cenário externo

Na América Latina, além da situação argentina, os problemas na Colômbia e Venezuela podem provocar instabilidade nos mercados. Nos Estados Unidos, o ritmo da atividade econômica volta a preocupar os investidores.

Por Agencia Estado
Atualização:

Aumentam as incertezas no cenário externo. Além da crítica situação argentina, os problemas na Colômbia e Venezuela começam a pesar sobre os negócios nos mercados financeiros. Operadores admitem acompanhar com preocupação os acontecimentos nos dois países. Na Venezuela, o governo Hugo Chávez é pressionado na economia e na política. A queda do petróleo piora o desempenho econômico do país, cujas reservas perderam US$ 1 bilhão na semana passada. Com a popularidade de Chávez em baixa, o temor de golpe já começa a ser cogitado. Na Colômbia, os analistas temem a eclosão de um conflito no país caso o governo e as guerrilhas não cheguem a um acordo. Na Argentina, o mercado cambial voltou a operar com relativa tranqüilidade hoje e o dólar permanece nos mesmos 1,65 a 1,75 peso da última sexta-feira. Contudo, esta calmaria cambial só é possível graças às limitações para saques bancários e o país ainda parece longe do fundo do poço. Sofre pressões internas e externas e ainda precisa definir questões básicas, como o orçamento pós-desvalorização ? que pode sair nesta semana ? e uma política monetária para o peso flutuante. Para piorar o cenário externo, nos EUA, a expectativa de retomada da economia já neste semestre se enfraqueceu depois do discurso do presidente do Banco Central norte-americano (Fed), Alan Greenspan, na sexta-feira. Greenspan mostrou-se mais cauteloso do que o imaginado e, entre outras declarações, disse que o impacto dos atentados ainda vai demorar para desaparecer e que o efeito do desemprego sobre o consumo americano é preocupante. Ou seja, não há nenhuma certeza de que os EUA voltem a crescer logo, o que ajudaria a criar um ambiente mais positivo para a economia brasileira no ano eleitoral. Cenário interno No Brasil, dois indicadores divulgados hoje mostraram trajetória positiva tanto nas contas internas quanto nas externas. Nas internas, a Receita Federal divulgou mais um número recorde da arrecadação, que cresceu para R$ 196,7 bilhões em 2001. Nas contas externas, volta a se destacar a balança comercial, que registrou superávit de US$ 250 milhões na segunda semana de janeiro. Veja os números do mercado Às 15h05, o dólar comercial para venda estava cotado a R$ 2,4060, em alta de 0,17% em relação aos últimos negócios de sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrava queda de 3,63%. No mercado de juros, os contratos que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano pagam juros de 19,55% ao ano, frente a 19,39% ao ano na sexta-feira. Nos Estados Unidos, o Dow Jones ? Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York ? opera com queda de 0,71%, e a Nasdaq ? bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York ? negocia com baixa de 1,83%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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