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Mercados reagem à divulgação da ata do Copom

Hoje pela manhã foi divulgada a ata da reunião do Copom. O mercado aguardava ansioso o documento que explica os motivos pela decisão de corte na taxa Selic. Outras notícias influenciam os mercados: a elevação da perspectiva do rating da dívida brasileira e a aprovação da isenção da CPMF na Bolsa.

Por Agencia Estado
Atualização:

Em meio a um clima otimista vivido pelos mercados, o Banco Central (BC) divulgou hoje a ata da última Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado financeiro aguardava a ata com expectativa para entender melhor os motivos do corte de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros básica da economia - a Selic -, que recuou de 19% para 18,75% ao ano na semana passada. De acordo com o editor Josué Leonel, com base na ata, parece que a principal explicação para a redução da Selic seja a de que o Banco Central examina o comportamento dos preços num horizonte de longo prazo. Outros países que adotam metas inflacionárias têm adotado políticas nesta direção. O combate aos impulsos mais fortes da inflação, neste caso, se estenderia além de 2002, de forma a não exigir um aperto monetário mais forte - leia-se juros altos - para derrubar a alta dos preços no curto prazo. Assim, mesmo considerando-se que as projeções de inflação para este ano estão acima da meta de 3,5%, há espaço para queda de juros, dado que as projeções para 2002 são otimistas, indicando inflação abaixo do centro da meta de 3,25%. A ata informa que a decisão de cortar a Selic ficou longe da unanimidade da maioria das reuniões do Copom, mostrando um placar apertado de 5 a favor e 3 contra o corte do juro. Segundo a ata, parte dos integrantes do Copom considerou que o cenário ainda não era suficiente para flexibilizar a política monetária. Os preços administrados, as adversidades climáticas e a pressão por reposição de lucros estão entre os fatores que impediram a queda mais acelerada da inflação até este momento, segundo a ata. Números do mercado hoje Há pouco, o dólar comercial para venda estava cotado em R$ 2,3480, com queda de 0,42%. Os contratos de swap (troca) de títulos prefixados por pós-fixados com período de um ano pagavam juros de 18,73% ao ano, frente a 18,69% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operava em queda de 0,46%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires apontava alta de 2,40%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - estava em alta de 0,61%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - operava em alta de 1,00%. Ontem, o mercado financeiro foi favorecido por uma notícia. A elevação da perspectiva do rating (nota) da dívida brasileira de "estável" para "positivo", pela agência de classificação de risco Mood´s, permitiu a queda do dólar e dos juros e a alta da Bolsa de Valores de São Paulo. Hoje a Bolsa deve comemorar a isenção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) no mercado acionário, aprovada ontem em primeiro turno. A votação em segundo turno será na próxima quarta-feira, em sessão extraordinária. Veja mais informações no link abaixo Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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