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Mercados reagem à política e bolsas em NY

Os investidores aproveitaram o pretexto da crise na base do governo e o desempenho das Bolsas de Nova York para vender ações e apurar o lucro obtido com a alta dos últimos dias. No início da tarde, a Bolsa está em queda de 0,86%, o dólar opera com alta de 0,39% e os juros recuam.

Por Agencia Estado
Atualização:

A instabilidade na base do governo, que teve início com a invasão da Polícia Federal a uma empresa da governadora do Maranhão e pré-candidata à presidência Roseana Sarney, continua sendo observada pelos investidores. Os analistas não receberam bem a declaração do deputado Inocêncio Oliveira (PFL) de que o seu partido não votará em segundo turno a isenção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), prevista para amanhã, até a reunião da executiva do partido na quinta-feira. Ontem, lideranças do PFL afirmavam que a crise na base aliada não prejudicaria a votação da CPMF. Para os investidores, esta mudança de discurso pode indicar que o entendimento entre PSDB e PFL não está tão próximo quanto o imaginado. Às 14h35, o dólar comercial está cotado a R$ 2,3350 na ponta de venda dos negócios, em alta de 0,39% em relação aos últimos negócios de ontem. No mercado de juros, os contratos de DI futuro, com vencimento em outubro, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) pagam juros de 18,160% ao ano frente a 18,350% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com queda de 0,86%. O volume de negócios está em R$ 327 milhões. No mercado acionário, além do cenário político, o desempenho das bolsas de Nova York também exerce influência. Lá, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - está em queda de 0,65%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - opera com alta de 1,10%. Segundo os analistas, não há motivos no ambiente doméstico suficientemente fortes para justificar a queda nas ações. As perspectivas para a Bolsa continuam positivas, tanto que os investidores estrangeiros estão começando a voltar para a Bovespa. Em fevereiro, o saldo dos investimentos externos foi positivo em R$ 450,451 milhões, a maior entrada desde abril do ano passado. Além do cenário político e do desempenho das bolsas norte-americanas, os investidores mantêm as atenções voltadas para os números de inflação. Nos próximos dias serão divulgados alguns índices e os números serão importantes na avaliação da tendência das taxas de juros (veja mais informaçòes sobre inflação e juros no link abaixo. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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